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Comportamento

Estrada de ferro e navegação formaram caminhos que 'fizeram' MS

Chegadas e partidas dos trens e navios a vapor ajudaram a moldar rotina e cultura do Estado

Por Clayton Neves | 11/10/2025 07:42
Estrada de ferro e navegação formaram caminhos que 'fizeram' MS
Navegação a vapor no Rio Paraguai começou no final do século XIX.

As chegadas de navios e trens ajudaram a construir a história de um Mato Grosso do Sul em desenvolvimento. Desde as primeiras embarcações a vapor no Rio Paraguai até a expansão da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, esses meios de transporte foram fundamentais para integrar cidades, facilitar o comércio e moldar a identidade social e econômica do estado, especialmente a partir da década de 1980, quando Mato Grosso do Sul se consolidava após sua criação, em 11 de outubro de 1977.

RESUMO

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A navegação fluvial e ferroviária desempenhou papel crucial no desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. O navio Fernandes Vieira, adquirido em 1910, tornou-se símbolo da navegação no Rio Paraguai, conectando importantes cidades até seu abandono em 1955, após venda para a Bolívia. A chegada da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil em 1914 marcou nova era de integração. A ferrovia, que alcançou Campo Grande e se estendeu até Corumbá, impulsionou o crescimento urbano e econômico da região. A Estação Ferroviária de Campo Grande, hoje patrimônio histórico, preserva essa importante memória.

O navio Fernandes Vieira, adquirido em 1910, tornou-se símbolo da navegação fluvial, ligando Corumbá, Porto Esperança e Cáceres. Ele transportava passageiros, cargas e histórias e se tornou referência cultural e histórica para o Estado.

No entanto, seu destino foi marcado pelo abandono.

Estrada de ferro e navegação formaram caminhos que 'fizeram' MS
Ferrovia ligava diversos municípios de Mato Grosso do Sul. (Foto: Roberto Higa)

“Vendido para a Bolívia em 1955, foi dada baixa do navio junto à Capitania dos Portos. Concluída a restauração, o navio Fernandes Vieira não foi resgatado por seus novos proprietários. Ficou, portanto, esquecido no Porto Dona Emília. Um navio parado que aos poucos apodreceu. Não morreu na guerra, sucumbiu no seco (na burocracia). Não foi a pique, mas morreu nas águas”, destaca João Gonçalves Miguéis, na Revista Territórios e Fronteiras.

Mesmo parado, o Fernandes Vieira permanece na memória coletiva de Corumbá e simboliza a importância da navegação fluvial para a circulação de pessoas e mercadorias, sendo peça-chave na história social e econômica do Estado.

Estrada de ferro e navegação formaram caminhos que 'fizeram' MS
Navio Fernandes Vieira iniciou operação de passageiros e cargas na região pantaneira, em 1910
Estrada de ferro e navegação formaram caminhos que 'fizeram' MS
Carcaça do navio está até hoje às margens do Rio Paraguai.

A Chegada do Trem: Integração e Expansão Urbana - A (EFNOB) Estrada de Ferro Noroeste do Brasil chegou a Campo Grande em 1914 e se estendeu até Corumbá, passando por cidades como Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo e Porto Esperança. A ferrovia transformou o comércio regional e permitiu a integração de Mato Grosso do Sul ao restante do País.

O trem também contribuiu para a urbanização e o crescimento econômico das cidades, facilitando a mobilidade de pessoas e mercadorias. A observação das chegadas e partidas do trem e dos navios ajuda a compreender a dinâmica econômica, social e cultural de Mato Grosso do Sul, mostrando como os fluxos de pessoas e mercadorias moldaram a identidade regional.

Hoje, as memórias desses tempos estão preservadas em fotos antigas, relatos de moradores e na arquitetura das cidades. A Estação Ferroviária de Campo Grande, inaugurada em 1914, foi tombada como patrimônio histórico pelo Governo do Estado e pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Por sua vez, os restos do Fernandes Vieira ainda podem ser vistos na margem direita do Rio Paraguai, lembrando a importância da navegação fluvial na história do Estado.

Confira a galeria de imagens:

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