Há 6 anos, casal trocou rotina para viajar com cachorro vendendo arte
Argentino conheceu boliviana e com amigo de quatro patas Mico cruzam a América do Sul
Juan Manoel, de 45 anos, largou a rotina de padaria na Argentina para viver de pulseiras e colares. A decisão já dura 20 anos e foi na estrada que a vida dele mudou. Há cinco anos, o artesão conheceu Dalia Landivar, boliviana de 25 anos, e desde então eles rodam a América do Sul com o amigo de quatro patas, Mico, que chegou um ano após a aventura em dupla começar.
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Um casal de artesãos, acompanhado de seu cachorro Mico, viaja pela América do Sul vendendo peças artesanais há seis anos. Juan Manoel, argentino de 45 anos, e Dalia Landivar, boliviana de 25 anos, se conheceram em Santa Cruz e decidiram viver uma vida nômade, sustentando-se com a venda de pulseiras, colares e tornozeleiras. O casal, que já passou por Bolívia, Argentina e Peru, atualmente está no Brasil, em Campo Grande. Apesar dos desafios, como transporte e hospedagem, especialmente com um cachorro, eles planejam seguir viagem até o México, passando pelo Rio Grande do Sul, Foz do Iguaçu e Patagônia.
O encontro do casal aconteceu na cidade de Santa Cruz. Depois de passar pela Bolívia, Argentina e Peru, os dois chegaram ao Brasil. Nas ruas de Campo Grande, escolheram o ponto da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho para mostrar os trabalhos manuais.
Sem casa fixa, a rotina deles é simples: vender artesanato durante o dia, juntar dinheiro para seguir viagem e, quando sobra tempo, visitar rios e paisagens locais. O Brasil é a parada da vez, mas a rota segue até o Rio Grande do Sul, Foz do Iguaçu, depois Patagônia e, mais longe, o México.
“Gostei da cidade, mas chegamos tarde e acabamos dormindo na rua porque não encontramos hospedagem”, conta Dalia, rindo da situação. Segundo ela, a vida nômade tem suas vantagens e seus perrengues.

“O difícil é transporte com cachorro. Nem todo Uber aceita. O dinheiro que conseguimos dá para viver. Pagamos o mais importante, que é a comida e a hospedagem.”
Antes de encarar a estrada, Dalia estava cursando engenharia. Ela comenta que largou para viver uma vida livre do sistema. “Deixei para não seguir uma rotina, conhecer a cultura, a comida e a liberdade, algo que não se pode fazer quando se está dentro do sistema.”
Sobre o preço dos produtos artesanais, Juan comenta que ainda não sabe precificar, já que nos outros lugares onde esteve o valor era em dólar. “O preço muda de país para país: na Argentina, uma peça pode custar US$ 5, enquanto na Bolívia sai por US$ 1,50. Ainda não sei por quanto vou vender no Brasil, mas sempre dá um jeito.”
De acordo com o casal, a distância muda o contato com a família, mas a saudade sempre está presente. “Eles ficam preocupados, mas a gente sempre conversa.”
Enquanto os próximos quilômetros não chegam, Juan e Dalia aproveitam para procurar pedras na cidade. São delas que nascem as pulseiras, tornozeleiras e colares que sustentam a viagem.
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