Kilvia fez bate volta da Europa só para ver relíquia de Carlo Acutis
De férias, devota encarou viagem de 16 horas e quase 10 mil quilômetros em nome da fé
Guia de Turismo na Itália, Kilvia Passos, de 50 anos, cruzou o Atlântico, em uma viagem de quase 10 mil quilômetros, para passar apenas um dia em Campo Grande. Tudo para participar da missa que celebrou a chegada do pulôver do beato Carlo Acutis à Paróquia São Sebastião, relíquia que, para os fiéis, carrega uma força espiritual única.
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“Eu estou de férias e vim de Roma para Campo Grande especialmente para receber a relíquia do Carlo. Cheguei na madrugada, vou acompanhar a missa da chegada e já volto para a Itália na quarta-feira. Vou acompanhar a canonização no domingo de lá”, comentou.
Nascida em Fortaleza e criada em São Paulo, Kilvia mora há 25 anos na Europa. Guia de peregrinações na Itália, ela conta que nos últimos anos, viu crescer o número de turistas de toda parte do mundo, interessados na história de Carlo Acutis.
"O santuário quase não era visitado, mas depois da beatificação isso mudou. São muitos brasileiros, mas também pessoas de todos os continentes, especialmente jovens. Recebemos grupos de escoteiros, navios com até 4 mil jovens, que vão peregrinar na Itália e propagar Jesus através do Carlo", revela.
Foi em 2015 que ela conheceu a história do beato e nunca mais deixou de divulgá-la. “Eu já tinha recebido vários grupos na Itália. Viajamos juntos e visitamos muitos santuários. Quando conheci a história dele me apaixonei", pontua.
Kilvia não escondeu a emoção ao ver o pulôver de Carlo pela primeira vez. “Lá na Itália eu vejo o corpo, mas aqui sinto o sorriso dele no rosto das pessoas. Acolhimento, fé e esperança, é isso que eu levo de Campo Grande para Roma”, disse, antes de embarcar para a cidade eterna, onde acompanhará a canonização.
A cerimônia em Campo Grande reuniu mais de 1.500 fiéis de diversas regiões do País. Entre eles estava o antropólogo Pedro Vilaça, do Rio de Janeiro, que acaba de defender uma dissertação de mestrado sobre o beato.
“O título é ‘Relíquias, Milagres e Mistérios: A Construção da Devoção ao Beato Carlo Acutis no Brasil’. Fiz trabalho de campo por 60 dias aqui em Campo Grande, observando como essa devoção se construiu e como as relíquias circulam”, explica .
Para ele, Campo Grande ocupa lugar especial na história do jovem que será canonizado no próximo domingo (7), em Roma.
“O milagre reconhecido pelo Vaticano aconteceu aqui. É impressionante como Carlos tem uma relação tão forte com o Brasil. Faleceu no dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, e agora será canonizado em 7 de setembro, data igualmente simbólica para nós”, destaca.
Canonização - Carlo Acutis será canonizado depois que a Igreja Católica reconheceu dois milagres atribuídos a ele. O primeiro ocorreu em Campo Grande, em 2010, quando Matheus Lins Vianna, então com seis anos, foi curado de uma malformação grave no pâncreas. A criança apresentava dificuldade para se alimentar e, após rezas diante de uma imagem de Carlo na Capela São Sebastião, passou a se recuperar.
O segundo milagre foi confirmado no ano passado, na Itália, após a recuperação de uma mulher que enfrentava complicações graves no parto.
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