Festival da Carne tem desde pirulito de porchetta até jacaré e avestruz
Quem andar pelos estandes do Parque de Exposições Laucídio Coelho vai encontrar muito além de picanha

A 3ª edição do Festival Internacional de Carne já começou nesta sexta-feira (19) e quem andar pelos estandes do Parque de Exposições Laucídio Coelho até este domingo (21) vai encontrar muito além da picanha. Os assadores não estão para brincadeira. Na lista de pratos deste ano estão jacaré defumado, coxa de avestruz, pirulito de porchettaa, pacu assado em “roda gigante”, croquete de costela defumada e linguiça de búfalo com chutney de abacaxi.
RESUMO
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O 3º Festival Internacional de Carne, em Campo Grande (MS), oferece opções exóticas como jacaré defumado, avestruz, pirulito de porchetta e pirarucu com farofa de caldo de piranha e pequi. Os preços variam de R$ 30 a R$ 45 por porção, incluindo acompanhamentos. O evento, que acontece no Parque de Exposições Laucídio Coelho, conta com 30 estações e mais de 300 assadores. Além das carnes exóticas, há pratos tradicionais como arroz carreteiro, macarrão de comitiva, costela e cupim. Paralelamente, ocorre a 3ª etapa do Circuito de Churrasco, com equipes de diferentes estados competindo. Shows de blues, country e atrações para famílias, como o Espaço Fazendinha e área kids, completam a programação.
Até pirarucu feito na brasa com farofa de caldo de piranha e pequi tem. Os destaques são os sabores exóticos, mas claro, sem deixar de lado o tradicional. O preço fica entre R$ 30 a R$ 45 por porção. Cada barraca estipula quanto de proteína servir e quais acompanhamentos estarão inclusos.
Na do Henrique Soares, o jacaré e o avestruz são os carros-chefe e apostas dele. O prato custa R$ 40 e vem com vinagrete.
“É uma carne exótica, uma carne branca, então é muito similar a um peixe com uma textura de frango. A gente está fazendo ela na parrilla uruguaia, faz no varal pantaneiro e finaliza na parrilla com chimichurri. Entregamos um pouquinho de sabor regional. Além de ser diferente, conseguimos regionalizar ela, fazendo defumada e finalizada na grelha.”
Ele explica que a carne não exige muito tempo para estar pronta para o consumo. Uma hora é o suficiente, mais alguns minutos na parrilla. “Além disso, temos coxa de avestruz. Dois jacarés inteiros defumando.”
Já na barraca do Alisson do Nascimento Silva, presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Assadores, o destaque é o pirarucu de 74 kg que será preparado neste sábado na brasa. Ele faz parte da organização, mas já participou do evento como assador nas outras edições também.
É ele quem mexe o tacho com farofa feita com caldo de piranha e pequi, que acompanha a carne de peixe. “Ele é feito na brasa. Temos o pacu, assando em uma espécie de roda gigante. E amanhã nós vamos fazer um peixão pesado. Os pacus são de 2,5 kg, mais ou menos. Aqui o peixe sai a R$ 35.” Ao todo são 150 gramas de peixe mais a farofa.
Ele conta que os assadores entraram em acordo sobre os valores para que não houvesse discrepância. “Para não chegar de R$ 30 R$ 50 R$ 60. Então a média é de R$ 30,00 a R$ 45”
Além dos sabores, o público poderá acompanhar a disputa dos assadores na 3ª etapa do Circuito de Churrasco – Edição Campo Grande, que ocorre durante todo este sábado (20), em estilo fogo de chão.

“O campeonato começa às 7 horas da manhã. Nós temos equipe do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso do Sul, Tocantins. São três proteínas com acompanhamentos e molhos para 12 jurados, e a avaliação é feita às cegas. São quatro equipes, inclusive uma formada só por mulheres”, completa Alisson.
Esta é a terceira vez de Felipe Henrique da Silva no festival. Desta vez, ele apostou no pirulito de porchettaa.
“É a barriga do porco, temperada com dry rub, sal com pimenta, alho desidratado e um mix de sal, alho e cebola. Aí tem um mix também de cítrico: limão-pepper, orange-pepper e limão siciliano. Tá saindo R$ 30,00, de 250 a 300 gramas, mais ou menos. Ele vem acompanhado de ketchup de goiabada.”
Quem acha que só de carne se vive o festival está enganado. No estande da Maria Aparecida Alexandre Martins, ou Cidinha Zuza, é o arroz carreteiro e o macarrão de comitiva que trazem o carboidrato necessário depois de tanta proteína.
“É nossa primeira vez nesse festival. Esse ano a gente foi convidado e topamos de cara, porque onde tem gente alegre, gente que gosta de boa comida, é com a gente mesmo. Fazemos arroz carreteiro, o tradicionalzão mesmo, de comitiva. Carne solada, alho, cebola e aquele temperinho guardado, segredinho da vovó.”
Ela explica que há outro segredo no macarrão: o ponto da massa. “Não é aquele macarrão de comitiva duro, que o pessoal costuma comer. Por isso sempre colocamos o macarrão de comitiva/pantaneiro, porque ele não é muito al dente, é um pouquinho mais molinho e fica meio caldeado. Eu gosto de mexer com comida, porque ela é afetiva.” São de 280 a 300 gramas de carreteiro ou macarrão, que saem a R$ 30 cada porção.
Voltando às carnes, as apresentações no prato são diversas. Uma forma diferente de comer costela é o croquete defumado com requeijão da barraca do Ney Coelho Silva, o Ney Grill.
“Esse ano a gente veio com novidade. A porção sai a R$ 32 vem com 5 unidades. Também temos dois mini-sanduíches: um de costela desfiada com creme de queijo e outro de pulled pork, que é pernil suíno desfiado, defumado com barbecue e uma salada base de repolho com molho defumado, estilo americano.”
Nas edições passadas, ele levou o “white kill”, que chama de carne mais nobre do mundo. Depois, fez rabada defumada e, na última, brisket, que é peito bovino. “A gente trabalha mais com o estilo de churrasco americano defumado.”
Daniel Borges Daniel, do Búfalo Beef MS, repetiu o sucesso do ano passado, quando a barraca vendeu, nos três dias de festival, mais de 800 barquinhas de linguiça de búfalo com chutney de abacaxi e pão de alho.
“Nós resolvemos trazer a mesma composição. Nós levamos para a fábrica e manipulamos essa carne, transformando em linguiça, hambúrguer e cortes especiais de búfalo, trabalhando as diferenças nutricionais. Desenvolvemos um sal para essa linguiça. Temos quatro tipos: a tradicional Búfalo Beef; outra com mussarela de búfala; outra com mussarela de búfala e pimenta biquinho, que se chama Velha Guarda Pantaneira, a que mais sai também.”
A barquinha é de 200 gramas, mais os complementos. O pão de alho e o chutney de abacaxi saem a R$ 35.
A organizadora do evento, Márcia Marinho, ressaltou que são mais de 30 estações, com mais de 300 assadores. “Nossas estações estarão recheadas de cortes diferenciados, como jacaré, avestruz, carneiro, além de linguiça de búfalo, porco, frango e, claro, o tradicional boi, carro-chefe da programação.”

Quanto aos shows, desta vez ela optou por variar mais os estilos musicais. “Teremos blues e country, com presença confirmada de bandas como Bêbados Habilidosos, Cassino Boogie e Fernando Morreu. Também teremos novidades como o Espaço Fazendinha, para as famílias, além de uma área kids completa.”
Leandro Santos, da barraca “Chama o Lê”, apostou na diversidade. Ele conta que são 5 estandes em 1.
“Temos porco, costela, hambúrguer, linguiça sertaneja, capa do contrafilé. São cinco estações em uma. Essa é a inauguração da carreta. Hoje trabalhamos com dois andares. Domingo vamos inaugurar outro, dentro, para fazer carreteiro. O tacho no meio ali vamos inaugurar. Comprou carne aqui já ganha carreteiro gratuito.”

As porções saem a R$ 30 e acompanham farofa de limão, castanha de caju ou espaguete ao molho de maracujá.
Diante de tanta opção, ficou difícil para Claudio da Silva Gatto, 48 anos, escolher. Ele levou a esposa e os três filhos para a primeira noite do evento.
“Acho que está bem bacana a disposição dos quiosques. A gente veio para conhecer, para dar uma olhada. Somos meio carnívoros, gostamos de todo tipo de carne. Eu achei o preço super acessível, mas não sabemos o que vamos comer ainda.”
O pernambucano Sérgio Vasconcelos também esteve pela primeira vez no festival e apostou na carne que mais gosta: cupim. “Foi difícil escolher porque tem muita coisa. A gente fica sempre na dúvida, querendo comer um pouquinho de cada, mas não dá. Temos que escolher um. Eu escolhi o cupim porque gosto bastante, mas minhas filhas vão comer jacaré. Achei o preço justo.”
Sérgio morou em Campo Grande por 22 anos e voltou para o Nordeste. Parte da família segue por aqui.
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