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Lado Rural

Organização Mundial de Saúde Animal restringe surto de influenza aviária ao RS

Dessa forma, o alerta deixa de ser nacional e se torna regional, com ponto isolado no Rio Grande do Sul

Por Ângela Kempfer | 26/05/2025 15:50
Organização Mundial de Saúde Animal restringe surto de influenza aviária ao RS
Granja em Mato Grosso do Sul, sem casos da doença. (Foto: Semadesc)

A OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) alterou oficialmente sua avaliação sobre o surto de influenza aviária no Brasil e passou a reconhecer que o caso está restrito à região do município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. A mudança retira o status de “evento nacional” e passa a classificá-lo como um episódio “regionalizado”, concentrado em uma única zona de risco.

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A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reclassificou o surto de influenza aviária no Brasil como um evento regionalizado, restrito ao município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada após análise das medidas de contenção adotadas pelo governo brasileiro, que incluíram o abate de aves infectadas e desinfecção da área afetada.Apesar da reclassificação, 46 países, incluindo membros da União Europeia, China e México, mantêm embargos totais à carne de frango brasileira. Alguns mercados, como Emirados Árabes, Japão e Rússia, já reduziram as restrições. O sequenciamento genético revelou que o vírus é similar às cepas encontradas em aves silvestres na América do Sul.

Essa nova postura internacional vem após análise das ações adotadas pelo governo brasileiro para conter o surto e reforça que a gripe aviária está circunscrita a um perímetro específico, dentro de um raio de 10 km da granja afetada. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, as medidas de contenção foram executadas com rigor, incluindo o abate de aves infectadas, destruição de ovos férteis e desinfecção da área, com supervisão direta do serviço veterinário oficial.

Em Mato Grosso do Sul, os casos suspeitos que estavam sendo monitorados foram descartados, o que reforça que o Estado permanece fora da zona de risco e com status sanitário preservado.

Apesar da mudança técnica da OMSA, 46 países, incluindo os 27 membros da União Europeia, China e México, ainda mantêm embargos totais à carne de frango brasileira.

Esses mercados representaram, em abril, 45% do total exportado pelo país. Por outro lado, algumas nações como Emirados Árabes, Japão e Rússia já reduziram as restrições, adotando bloqueios apenas à região de Montenegro ou ao estado gaúcho como um todo.

A reclassificação internacional deve contribuir para acelerar a retomada das exportações, ainda que não tenha caráter obrigatório. Ela serve como orientação para que países importadores possam reavaliar embargos com base em critérios científicos e não políticos. No centro do surto, as autoridades brasileiras eliminaram até agora 8.747 aves e destruíram cerca de 20 milhões de ovos férteis como medida preventiva.

Segundo relatório da OMSA, o sequenciamento genético identificou que as amostras do vírus em Montenegro são semelhantes (com até 99,79% de similaridade) às cepas encontradas anteriormente em aves silvestres na América do Sul, e não apresentaram mutações relevantes de resistência antiviral.

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