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Meio Ambiente

Mostra digital gratuita retrata convivência de povos com biomas de MS

Vídeos, sons e imagens revelam como pessoas e comunidades convivem no Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica

Por Silvia Frias | 08/11/2025 15:29
Mostra digital gratuita retrata convivência de povos com biomas de MS

Histórias colhidas no Pantanal, no Cerrado e na Mata Atlântica, biomas presentes em Mato Grosso do Sul, e também na Amazônia, na Caatinga e no Pampa compõem uma exposição digital com mais de 50 narrativas de vida, disponível gratuitamente até 1º de fevereiro de 2026.

RESUMO

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O Museu da Pessoa lança exposição digital gratuita que reúne mais de 50 histórias de vida coletadas em diferentes biomas brasileiros, incluindo Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica, Amazônia, Caatinga e Pampa. A mostra ficará disponível até 1º de fevereiro de 2026. Com curadoria de Ailton Krenak e Karen Worcman, a exposição apresenta vídeos, sons e imagens que retratam experiências de povos indígenas, agricultores, quilombolas e cientistas, propondo uma reflexão sobre a relação entre humanos e natureza sob uma perspectiva biocêntrica.

A mostra apresenta vídeos, sons e imagens que revelam como pessoas e comunidades convivem, resistem e criam soluções em meio às transformações da Terra. Inaugurada pelo Museu da Pessoa, a exposição propõe uma reflexão sobre a relação entre os seres humanos e o planeta a partir de uma escuta biocêntrica, que reconhece todas as formas de vida como igualmente valiosas.

Um desses relatos, por exemplo, é do agricultor e brigadista voluntário João Leônico (Kombu), nascido em Miranda e liderança do Povo Terena na Aldeia Mãe Terra, T.I. Cachoeirinha.

"Tem muitos pássaros que avisam quando algo não está bem. A águia, o urubu, a ema, as cobras. Elas trazem notícias. Esse louro, quando ele voa à noite, faz aquela gritaria fora de hora, está dizendo que vai morrer uma pessoa adulta. Quando esses periquitinhos voam, também de noite, estão dizendo que vai morrer uma criança. Esses são os sinais. Não tem no papel, mas tá na memória"

Com curadoria de Ailton Krenak e Karen Worcman, a iniciativa traz relatos de povos indígenas, agricultores, artistas, quilombolas, cientistas e guardiões da natureza que compartilham experiências de pertencimento à Terra e de convivência com os ciclos naturais.

Segundo Krenak, é possível compreender melhor a relação dos povos originários com seus territórios quando se adota um pensamento biocêntrico, no qual a vida é o centro das decisões e percepções. Ele afirma que essa forma de pensar articula também uma ideia de comunidade, em que o modo de estar na Terra é comum e coletivo.

Karen Worcman, fundadora do Museu da Pessoa, destaca que as exposições e projetos do museu têm ampliado o diálogo com diferentes públicos e mostrado como as histórias de vida podem ser ferramentas de transformação social. Ela explica que a mostra convida cada visitante a se reconhecer como parte dessa grande teia comum de vida.

Para acessar a exposição, clique aqui.

Mostra digital gratuita retrata convivência de povos com biomas de MS
As belezas do Pantanal são retratadas na exposição (Foto/Arquivo)

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