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Política

Contrariado, Carlão dará posse a Sandim e quer explicação de Claudinho

Presidente da Câmara reclama de briga com tucanos, que acabou mudando rumo de nomeação de suplente

Por Maristela Brunetto e Caroline Maldonado | 28/05/2024 11:00
Cadeira segue vazia e deve ser ocupada a partir de amanhã por Gian Sandim (Foto: Caroline Maldonado)
Cadeira segue vazia e deve ser ocupada a partir de amanhã por Gian Sandim (Foto: Caroline Maldonado)

Apontando contrariedade, o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Grande, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), afirmou que amanhã cedo dará posse a Gian Sandin (PSDB), suplente a assumir a vaga aberta com a licença de Cláudio Serra Filho, o Claudinho Serra. Após consultar a Justiça Eleitoral, Carlão havia chamado Lívio Viana de Oliveira para substituir Serra, que se afastou após ser alvo de operação e ficar preso por suspeita de envolvimento em fraudes em licitações em Sidrolândia.

Carlão referia-se à polêmica sobre a suplência como uma “briga com o PSDB”, a qual ele sabia que a Casa perderia, “porque é ex-governador, deputado federal, atual governador. Eles têm uma certa influência, mais força do que a câmara, mas nós entendemos que a suplência quem tem que definir é a Justiça Eleitoral, tem que fazer documentos falando que não vai ser omissa e vai dar o ganho para o Gian. Não pode a Justiça comum interferir na Justiça Eleitoral".

Foi uma menção às duas vitórias obtidas por Sandim, em primeiro grau e no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), superando o entendimento adotado pela Câmara, que convocou Lívio por ter sido eleito pelo PSDB, mas ter mudado para o União Brasil durante a janela partidária. Prevaleceu, nas decisões judiciais, que o desligamento representava a perda do direito à vaga. O presidente disse estar disposto a levar o assunto até os tribunais superiores, em Brasília.

Explicações – Além de confirmar a posse para amanhã, Carlão disse que definirá na semana que vem um prazo para Claudinho Serra explicar a motivação para sua licença de 120 dias. Ela foi concedida na sequência da obtenção de um habeas corpus que colocou o parlamentar em liberdade.

"O Claudinho tem que nos informar o que vai fazer nessa licença, se é de interesse particular, se vai viajar para fora do país, se é trabalho, se vai cuidar da saúde pessoal dele ou da família dele. Ele tem que nos explicar qual é o motivo desse pedido de licença.” O presidente advertiu que se não houver explicação, irá anular a licença, forçando o retorno do vereador. “A câmara já deu a licença para ele, mas nessa condição de explicar o que vai fazer nesses quatro meses".

O gabinete do vereador está fechado, nem placa na porta há mais. A cadeira, no plenário, entre a dos colegas Victor Rocha e Valdir Gomes, segue vazia.

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