CPI "estranha” insistência em se alardear descontrole da oncologia
A relatora da CPI da Saúde, vereadora Carla Stephanini (PMDB), está lendo, neste momento, na Câmara de Campo Grande, o relatório final. São 150 páginas decorrentes de um trabalho investigativo que foi realizado de 20 de maio a 15 de outubro, período em que aconteceram 15 reuniões para depoimentos.
Sobre a fiscalização do setor de oncologia da Capital, o relatório afirma que "ao se entender o Sistema da Secretaria Municipal de Saúde, neste controle, causa de fato estranheza a essa CPI a insistência com que se afirma que: 'Não havia qualquer espécie de controle da Prefeitura Municipal de Campo Grande nos pagamento efetuados'”
Entre esses serviços está a realização de radioterapia sem constatação do serviço prestado.
O Denasus, segundo relatório, realizou, em media, de sete a oito auditorias anuais entre 2008 e 2012 em Campo Grande, fora as visitas técnicas ou de monitoramento em todos os hospitais da Capital, inclusive o Hospital do Câncer Alfredo Abrão, pivô das denúncias de fraudes. A CPI constatou "eventuais falhas" no sistema de captação de pagamentos da Capital.
Durante depoimento á CPI, o ex-secretário municipal da Saúde Leandro Mazina assegurou que as auditorias foram realizadas nos serviços de oncologia e que estas analisaram os procedimentos de alto custo antes e depois da sua realização. Já o pagamento, segundo ele, não era realizado sem comprovação de realização do serviço.
Acompanham a leitura do relatório o presidente da CPI, Flavio Cesar (PT do B), e os vereadores Coringa (PSD), Marcos Alex (PT), Derli dos Reis, o Cazuza (PP), e Luiza Ribeiro (PPS), que não é membro, mas fez questão de acompanhar a apresentação do documento.