Fábio Trad é o primeiro dos irmãos a oficializar saída do PMDB
O ex-deputado federal Fábio Trad é o primeiro dos irmãos a oficializar a saída do PMDB. Nesta segunda-feira (15), ele apresentou pedido de desfiliação ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).
“Por absoluta incompatibilidade de pensamento, ideologia, prática política, agressões por parte da cúpula do partido a minha família, bem como em razão de outros fatores a serem oportunamente provados, inclusive, documentalmente, se necessário for”, justificou ao TRE no pedido de desfiliação.
Fábio Trad alega que, por orientação do ex-governador André Puccinelli, o PMDB teve papel “protagonista na coordenação da campanha de uma que foi candidata a deputada federal de outro partido”, além de “favorecer de forma deslavada e abusiva a candidatura a deputado federal de outro correligionário em prejuízo dos demais que são do mesmo partido”. O resultado foi a derrota do parlamentar na corrida pela reeleição.
A perseguição, segundo ele, ocorreu por não “obedecer” as ordens de Puccinelli. “Lideranças emergentes que procuram apenas exercer o direito de expor suas próprias convicções no partido são vistos como 'estranhos no ninho' e passam a sofrer represálias e perseguições implacáveis”, completou o ex-deputado.
Futuro - Questionado sobre seu novo endereço partidário, Fábio Trad informou que aguardará a reforma política, em votação no Congresso Nacional, para anunciar seu novo partido. Amanhã (16), a Câmara Federal promete entrar no debater sobre perda de mandato para quem se desligar do partido sem justificativa.
Uma das propostas é abrir janela para troca de partido. O PMDB de Mato Grosso do Sul já avisou que, se a janela não for aprovada, vai pedir na Justiça o mandato dos infieis. “Vou lutar com todas as minhas forças para preservar meus votos”, adiantou Fábio Trad.
Além dele, o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) já anunciou deixar o PMDB. O mesmo caminho deve seguir o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB). Único com mandato, ele elabora “ação declaratória” para obter autorização da Justiça e evitar o risco de perder o mandato e ficar inelegível por infidelidade partidária.