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Política

Vander Loubet controlava esquema criminoso na BR, afirma procurador

Mayara Bueno | 15/01/2016 11:39
Vander Loubet (PT); parlamentar é acusado de cometer 110 crimes. (Foto: Arquivo)
Vander Loubet (PT); parlamentar é acusado de cometer 110 crimes. (Foto: Arquivo)

A BR Distribuidora foi contolada por dois grupos políticos; um deles, comandado pelo deputado federal Vander Loubet (PT), acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, afirma o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Ele ainda destaca que o grupo de Loubet “era distinto do bando de asseclas do senador Fernando Affonso Collor de Mello, mas os dois grupos agiam de modo conexo”.

Na denúncia contra o parlamentar, encaminhada ao STF (Superior Tribunal Federal), em 17 de dezembro, o procurador-geral relata o suposto esquema instalado na subsidiária da Petrobrás. Ele pede ao STF a cassação do mandato de Vander, por ter “agido com violação de seus deveres para com o Poder Público e a sociedade”.

Segundo o Estadão, a PGR afirma que a BR foi controlada por dois grupos políticos, um do PT, outro do PTB, este último sob comando do ex-presidente Collor, e o outro por Loubet. Eles teriam como elos o empresário Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, ex-ministro na gestão de Fernando Collor, quando presidente, e o doleiro Alberto Youssef, réu confesso e delator da Operação Lava Jato.

Nas investigações, a PGR aponta categoricamente para o envolvimento do parlamentar. "As investigações do Inquérito 3990/DF evidenciaram que, para que o grupo criminoso em questão atuasse, era necessário o repasse de valores ilícitos para o deputado federal Vander Luís dos Santos Loubet, em função da ascendência que o Partido dos Trabalhadores exercia sobre parte da Petrobrás Distribuidora S/A”. Na avaliação de Janot, o petista e o petebista formaram "uma grande, complexa e estruturada quadrilha".

Além disso, a denúncia revela omo Collor e Loubet repartiram as quatro diretorias estratégicas da subsidiária da Petrobrás. Janot cita que a Diretoria de Mercado Consumidor, ocupada por Andurte de Barros Duarte Filho entre 2009 e 2015, era de indicação do PT. A Diretoria Financeira e de Serviços, ocupada por Nestor Cerveró entre 2008 e 2014, também era de indicação do PT.

Denúncia - O deputado Vander Loubet foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal por envolvimento em 110 crimes, 11 denúncias de corrupção passiva e 99 por lavagem de dinheiro. O parlamentar é alvo da Operação Lava Jato, por suposto recebimento de propinas que somaram R$ 1,028 milhão em esquema de corrupção na BR Distribuidora.

Janot atribui a Loubet, ligação com ‘grupo criminoso’ que repassava a ele valores ilícitos ’em função da ascendência que o Partido dos Trabalhadores exercia sobre parte da Petrobrás Distribuidora S/A’. (Com informações do Estadão)

Procurada, a assessoria do deputado Vander Loubet disse que o parlamentar só se pronunciará depois que a assessoria jurídica tiver acesso a denúncia e do conteúdo da delação premiada.

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