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Cidades

A cada meia hora, MS registra um afastamento por doença relacionada ao trabalho

Levantamento do CEREST aponta que o Estado registrou 7.840 notificações até julho

Por Geniffer Valeriano | 23/07/2025 13:35
A cada meia hora, MS registra um afastamento por doença relacionada ao trabalho
Trabalhador sendo socorrido após sofrer queda ao consertar telhado de loja (Foto: Arquivo Campo Grande News)

Mato Grosso do Sul já contabilizou 7.840 notificações de doenças e agravos relacionados ao trabalho, segundo dados atualizados até 15 de julho pelo CEREST-MS (Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador). Em 2024 foram registradas 16.026 notificações ao longo dos 12 meses.

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Mato Grosso do Sul registrou 7.840 notificações de doenças e agravos relacionados ao trabalho até 15 de julho de 2024, com média diária de 40 ocorrências. Os acidentes de trabalho lideram as estatísticas com 6.596 casos, seguidos por acidentes com material biológico e ataques de animais peçonhentos. O estado também enfrenta desafios com o trabalho infantil, tendo identificado 266 crianças e adolescentes em situação irregular em 2024. Entre 2017 e 2024, foram registrados 700 acidentes de trabalho envolvendo menores de 6 a 17 anos, com significativa subnotificação nos registros oficiais.

A média diária é de 40 ocorrências em todo o Estado, neste ano. O levantamento revela que a cada hora são registrados 1,67 acidentes ou doenças ocupacionais, o que corresponde a um novo caso a cada 36 minutos.

De acordo com o Boletim Informativo divulgado nesta terça-feira (22), os acidentes de trabalho permanecem como os eventos mais frequentes, com 6.596 notificações, uma média de 33,6 casos por dia. Em seguida, aparecem os acidentes com material biológico, totalizando 563 ocorrências (2,8 diárias), e os ataques de animais peçonhentos, com 344 registros (1,75 por dia).

A cada meia hora, MS registra um afastamento por doença relacionada ao trabalho
(Arte: Lennon Almeida)

Também foram contabilizadas 104 notificações de intoxicação exógena, 49 de transtornos mentais relacionados ao trabalho, 38 de lesões por esforços repetitivos, 27 casos de câncer ocupacional, oito de dermatose ocupacional, dois de pneumoconiose e um de perda auditiva induzida por ruído. Nenhum caso de distúrbio de voz relacionado ao trabalho foi registrado no período.

Os dados são coletados via SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e embasam as ações de vigilância e prevenção da saúde do trabalhador. O CEREST-MS reforça que a notificação desses agravos é obrigatória e fundamental para identificar riscos, promover intervenções nos locais de trabalho e reduzir a morbimortalidade da população economicamente ativa.

Trabalho infantil - Entre 2017 e 2024, foram registrados 700 acidentes de trabalho envolvendo menores de 6 a 17 anos em Mato Grosso do Sul. Muitos desses jovens atuavam informalmente ou em atividades consideradas as piores formas de trabalho infantil. A maior concentração está entre adolescentes de 16 e 17 anos, mas há registros envolvendo crianças com menos de 13 anos, faixa etária em que qualquer trabalho é proibido por lei.

O boletim do CEREST ressalta que, quando o trabalho infantil é identificado, a notificação por equipes de saúde é obrigatória, principalmente se houver acidentes ou violência. Porém, dos 700 acidentes registrados, apenas 44 foram corretamente notificados como trabalho infantil nas fichas de violência interpessoal, evidenciando subnotificação.

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