MS, PR e Paraguai iniciam mapeamento de estruturas de saúde na fronteira

Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraguai iniciaram o mapeamento das estruturas de saúde nas cidades da fronteira. A ação faz parte do acordo de cooperação entre o Brasil e o país vizinho, firmado após o evento binacional realizado em abril, do qual MS, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde), foi um dos signatários.

O termo prevê a identificação da capacidade hospitalar, recursos humanos e equipamentos disponíveis em Ponta Porã, Mundo Novo, Pedro Juan Caballero (PY), Foz do Iguaçu (PR) e Ciudad del Este (PY).

“O mapeamento nos permitirá entender, em detalhes, a realidade de cada município, utilizando o cruzamento de dados para verificar onde há falta de insumos, profissionais ou leitos. Esse levantamento é essencial para direcionar investimentos e criar uma rede de saúde integrada, capaz de atender rapidamente a população fronteiriça”, explica a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone.

O levantamento está sendo realizado de forma conjunta pela Sesa (Secretaria de Estado da Saúde do Paraná), pelas prefeituras de Porto Murtinho e Ponta Porã, além de autoridades sanitárias paraguaias.

Como funcionará? -  As informações serão levantadas por meio das unidades de saúde dos dois lados da fronteira. Para isso, será criada uma ferramenta de intercâmbio de dados e uma sala de situação epidemiológica entre o Paraguai e os estados brasileiros.

O objetivo da integração é analisar os dados e propor soluções conjuntas, como o deslocamento de equipes entre o Paraguai, MS e Paraná em situações emergenciais.

As cidades prioritárias na ação são: Ponta Porã e Pedro Juan Caballero (PY), Porto Murtinho e Carmelo Peralta (PY), Salto del Guairá (PY), Mundo Novo (MS), Guaíra (PR), Foz do Iguaçu (PR) e Ciudad del Este (PY).

Também está prevista a criação de um plano de trabalho com metas e responsabilidades divididas entre os participantes do termo. “Doenças como dengue e febre amarela não respeitam fronteiras. Com dados precisos, poderemos intervir antes que surtos se espalhem”, afirma a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho.

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