"Rezei a Deus", resume moradora após casa destelhar em Anhanduí
Pelo menos 20 moradias foram danificadas durante temporal da noite de domingo
“Eu fiquei de joelhos e rezei”, descreve a aposentada Mercedes do Nascimento Albuquerque, 59 anos, sobre a reação que teve durante o temporal que destelhou sua casa, na noite de domingo (1º), no Distrito de Anhanduí – a 58 quilômetros de Campo Grande.
Moradora do Distrito, que tem pouco mais de 7 mil habitantes, a aposentada é uma dos seis que mais sofreram com a forte chuva e vendaval de ontem. Além deles, pelo menos mais 20 casas foram afetadas pelo fenômeno.
Servidores da Secretaria de Assistência Social estão na área e distribuem roupas, cestas básicas e colhões para os mais afetados pelo temporal. A Defesa Civil também está no Distrito, onde realiza levantamento de vítimas, para encaminhar relatório a prefeitura requerendo telhas e outros materiais que colaborem com os moradores. Apesar dos estragos ninguém ficou ferido.
Medo - De acordo com Mercedes, no momento da chuva ela e o marido Romão Lopes Alves, 79 anos, estavam sentados no sofá. “Já esperava a chuva, mas quando vi que estava muito forte desliguei a TV, ajoelhei e rezei. Fiquei com muito medo”, descreve a aposentada, que teve a casa parcialmente destelhada.
Mesmo diante da situação, Mercedes conseguiu ajudar a vizinha Cleonice Lacerda Benite, 66 anos, que teve sua residência, na rua Iporanga completamente destalhada no temporal. “Eu estava dormindo quando tijolos começaram a cair. Eu e meu marido conseguimos correr e procurar abrigo na casa de Mercedes”, disse a idosa.
Porém, os estragos na casa de Cleonice foram além do telhado. Duas paredes também desmoronaram deixando a casa inabitável.
Quem também precisou procurar refúgio devido ao temporal, foi o aposentado Osvaldo Dieder, 68 anos. O aposentado conta que diante do destalhamento total de sua casa, na rua Olímpia, ele precisou dormir dentro de sua Kombi. “Estava dormindo tranquilo do lado da minha esposa e veio esse redemoinho que destelhou e molhou tudo”, detalha.
Apego – A subprefeitura colocou a disposição o Centro Comunitário aos desabrigados, no entanto, com medo de furtos eles se recusam a deixar suas casas.
Além do destelhamento, algumas residências também estão sem energia e moradores fazem um mutirão para ajudar quem precisa.
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