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Capital

Após cinco horas, PF deixa empresa alvo de operação com carros apreendidos

A ação faz parte da Operação Terra Nullius, deflagrada pela Polícia Federal

Por Lucas Mamédio e Dayene Paz | 08/05/2025 11:11


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Polícia Federal investiga grilagem de terras no Pantanal. Operação Terra Nullius cumpre mandados em Campo Grande e Rio Brilhante, mirando empresa de topografia e servidores da Agraer. Toposat Engenharia, suspeita de produzir documentos falsos para regularização de áreas no Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, teve sede vasculhada. Veículos e documentos foram apreendidos. Sócios, funcionário e servidores públicos estão entre os investigados. Esquema envolvia laudos e plantas topográficas fraudulentas para legalizar terras da União.

Depois de quase cinco horas de buscas, policiais federais deixaram, no fim da manhã desta quinta-feira (8), por volta de 11h, a sede da Toposat Engenharia, empresa investigada por envolvimento em esquema de grilagem de terras da União no Pantanal. A ação faz parte da Operação Pantanal Terra Nullius, deflagrada pela Polícia Federal.

Os agentes saíram do prédio, localizado no Jardim Autonomista, em Campo Grande, levando dois veículos: um Volvo preto e uma caminhonete adesivada com a logomarca da empresa.

A Toposat, especializada em projetos ambientais e serviços de topografia, tem três pessoas entre os alvos da operação. São os sócios-proprietários Mario Maurício Vasques Beltrão e Bruna Feitosa Brandão, além do funcionário Nelson Luís Moía.

O esquema investigado consistia na falsificação de documentos e facilitava a regularização ilegal de áreas públicas situadas dentro do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro.

A suspeita é de que a empresa produzia laudos e plantas topográficas fraudulentas, que eram inseridas em processos administrativos com auxílio de servidores da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul), também alvos da investigação.

Durante toda a manhã, os agentes permaneceram na sede da empresa, com acesso restrito aos proprietários e à equipe da PF. Moradores relataram ter visto viaturas em frente ao local desde às 5 horas. Na Toposat, ninguém quis dar declarações à reportagem.

Após cinco horas, PF deixa empresa alvo de operação com carros apreendidos
Sede da Toposat, no Jardim Autonomista (Foto: Dayene Paz)

Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em 10 endereços de Campo Grande e um em Rio Brilhante, onde trabalha o ex-diretor-presidente da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e agrimensor André Nogueira Borges (PSDB).

O gerente de Regularização Fundiária e Cartografia Jadir Bocato, o procurador de entidades públicas Evandro Efigênio e o agrimensor Josué Ferreira Caetano também são alvos de diligências. Outra pessoa investigada é Elizabeth Peron Coelho, produtora rural com propriedades na região pantaneira.

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