Arma de PM que matou empresário estava com registro vencido desde 2015
Investigação sugere que pistola Taurus calibre 380 seja a mesma usada no assassinato de Caetano no Procon
A arma do policial militar aposentado José Roberto de Souza, 53 anos, estava com registro vencido desde 2015. O subtenente matou a tiros o empresário Antônio Caetano de Carvalho, 67 anos, na segunda-feira (13), durante uma audiência de conciliação na superintendência do Procon, em Campo Grande.
Segundo consulta ao Sistema Nacional de Armas, o militar tinha em seu nome uma pistola Taurus calibre 380, a mesma usada no crime. A emissão do registro foi feita no dia 9 de março de 2013 e com vencimento no mesmo dia e mês de 2015 e, até terça-feira (14), não havia sido renovado.
O documento foi anexado ao inquérito pelo delegado Antônio Ribas, responsável pelo caso e, segundo a investigação, sugere que a arma seja a mesma usada no assassinato do empresário, no entanto, a informação ainda não foi confirmada. A pistola foi comprada em Campo Grande.
Conforme apurado pelo Campo Grande News, José Roberto de Souza foi reformado do quadro da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) em 2015 por “incapacidade definitiva” decorrente de problemas psicológicos. Com isso, o militar teve que entregar a arma funcional e perdeu o porte de arma de fogo.
O crime - O subtenente aposentado matou a tiros o empresário Antônio Caetano de Carvalho, 67 anos, durante audiência de conciliação do Procon na manhã de segunda-feira. A discussão que acarretou no homicídio se deu por conta da garantia do motor de uma camionete, no valor de R$ 630.
Funcionários de Caetano contaram que o desentendimento ocorria há alguns dias. O empresário foi sepultado na terça-feira.
Conforme apurado pelo Campo Grande News, José Roberto de Souza foi reformado do quadro da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) em 2015 por “incapacidade definitiva” decorrente de problemas psicológicos. Com isso, o militar teve que entregar a arma funcional e perdeu o porte de arma de fogo.
Fuga - Na segunda-feira, José Roberto fugiu do local e foi flagrado por câmeras de segurança caminhando normalmente pela Rua Maracaju, esquina com a 13 de Junho, a poucos metros da sede do Procon. Aparentemente, ele estava com a arma na cintura.
Procurado ontem pela reportagem, Ribas não confirmou se pediria a prisão do PM e limitou-se a dizer que continuava com as diligências necessárias à investigação. Na manhã desta quinta-feira (16), José se apresentou na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. Ele chegou ao local por volta das 9h30 na companhia do advogado José Roberto Rodrigues da Rosa.
Da delegacia, o policial saiu escoltado para exame de corpo de delito no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e deve ser mantido preso.