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Capital

Carro onde dois morreram carbonizados pertence a guarda municipal

Família não reconhece corpos e vive agonia sem saber se Anderson de Lira Ramos foi vítima de acidente ou está desaparecido

Anahi Zurutuza | 27/09/2017 07:59
Parte retorcida do carro que ficou no local do acidente (Foto: Marina Pacheco)
Parte retorcida do carro que ficou no local do acidente (Foto: Marina Pacheco)

O Honda City, de cor cinza, onde duas pessoas morreram carbonizadas na madrugada desta quarta-feira (27), pertence ao guarda municipal Anderson de Lira Ramos. A família, entretanto, não reconheceu os corpos que foram encontrados no local do acidente.

Sônia Lira, irmã do servidor que é também instrutor de trânsito, conta que o irmão saiu de casa por volta das 20h dizendo que ia receber o pagamento de um aluno no Aero Rancho – bairro da região sul de Campo Grande. Poucas horas depois, ele já não atendia mais as ligações.

“Na funerária nos disseram que uma das pessoas era muito alta e o motorista era baixo. Meu irmão tinha 1,78 metro. Então fica a dúvida, onde está meu irmão?”, questionou.

A família também recebeu informações de uma testemunha que disse ter visto o veículo em alta velocidade. “Meu irmão além de instrutor de trânsito, é guarda municipal. Ele não faria algazarra em plena Mato Grosso, que tem um semáforo a cada esquina”, completou.

Chegou-se a cogitar a possibilidade das vítimas do acidente serem o guarda e a mulher dele. Mas, segundo a irmã de Anderson, a cunhada está bem e a procura de informações sobre o marido.

Carro envolvido e bombeiros no local do acidente (Foto: Direto das ruas)
Carro envolvido e bombeiros no local do acidente (Foto: Direto das ruas)
Equipe de socorro e perícia trabalhando na ocorrência (Foto: Direto das ruas)
Equipe de socorro e perícia trabalhando na ocorrência (Foto: Direto das ruas)

Acidente – O acidente aconteceu por volta das 2h desta quarta-feira (27), no cruzamento da Avenida Mato Grosso com a Rua Rui Barbosa, na região central de Campo Grande.

De acordo com a BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), na pista há marca de frenagem bem longa, de mais ou menos 57 metros, uma evidência de que o condutor estava em alta velocidade.

Por causa da batida, o veículo pegou fogo. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas os ocupantes não conseguiram sair a tempo e morreram carbonizados.

O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

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