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Capital

Pedreiro que teve casa incendiada por vizinhos é preso e nega acusações de abuso

Com mandado de prisão preventiva expedido, homem de 47 anos foi capturado nesta quinta-feira

Por Ana Paula Chuva | 25/09/2025 11:58


RESUMO

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Um pedreiro de 47 anos foi preso em Campo Grande após ter sua casa incendiada por cerca de 100 pessoas. O caso ocorreu após denúncias de abuso sexual contra três meninas, de 6, 8 e 11 anos. O suspeito nega as acusações e foi encontrado na casa da mãe. Segundo a defesa do acusado, exames sexológicos indicaram ausência de conjunção carnal. As vítimas, em depoimento especial, relataram que o homem as assediava verbalmente e as tocava de forma inadequada. O caso está sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.

O pedreiro de 47 anos que teve a casa incendiada após denúncia de abuso sexual contra crianças foi preso na manhã desta quinta-feira (25), em Campo Grande. O homem estava com mandado em aberto e foi encontrado pela equipe policial na casa da mãe. Ele nega as acusações e diz que nunca esteve foragido. O caso aconteceu no dia 16 de setembro na região da Vila Nasser.

Ao Campo Grande News, a defesa do pedreiro informou que o mandado de prisão preventiva foi expedido antes dos resultados dos exames sexológicos que indicaram que não houve conjunção carnal entre as meninas e o homem. As advogadas Herika Cristina dos Santos Ratto e Jéssica Barbosa Duarte Maranho pontuam que tanto o homem quanto a esposa dele negam qualquer tipo de abuso.

Em nota, a advogada diz que o cliente nega as acusações. "Assim que tomou conhecimento das acusações, o acusado procurou espontaneamente a Delegacia de Polícia em duas oportunidades, registrando ocorrência e se colocando à disposição para colaborar com as investigações. Mesmo após ter a residência incendiada, em um episódio que colocou em risco a vida de quatro crianças e uma idosa da família, ele reiterou sua disposição de esclarecer os fatos, comparecendo novamente à autoridade policial e, por intermédio de sua defesa, também à DEPCA", diz trecho da nota.

"A defesa reforça que as acusações são infundadas, destacando que não há elementos concretos que justifiquem a decretação da prisão preventiva, considerada medida desproporcional. Reafirma, ainda, a confiança na Justiça e na apuração rigorosa do caso, acreditando que a verdade será restabelecida e a inocência do acusado reconhecida", completa.

Caso — De acordo com o boletim de ocorrência, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados por volta das 18h30 de ontem. Em frente à residência do suspeito, estavam aproximadamente 100 pessoas arremessando pedras, e o incêndio já havia começado enquanto os moradores clamavam por justiça.

Os militares fizeram contato com três mulheres que relataram que suas filhas haviam sido vítimas de abuso sexual. Elas relataram que o dono da residência praticava o crime contra as meninas e, após a informação se espalhar pela comunidade, decidiram atear fogo na casa, já que o homem fugiu.

A equipe do Corpo de Bombeiros controlou as chamas e os policiais da Força Tática contiveram a população. O caso foi registrado na delegacia e está sob investigação.

Pedreiro que teve casa incendiada por vizinhos é preso e nega acusações de abuso
Pedreiro no dia do incêndio conversando com o Campo Grande News (Foto: Juliano Almeida)

Depoimento — Em depoimento especial na delegacia, as três meninas de 6, 8 e 11 anos confirmaram que foram abusadas sexualmente pelo vizinho. A denúncia foi registrada pelas mães das vítimas no domingo (14). As mulheres procuraram a DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) após serem chamadas pela escola das meninas mais novas por conta do comportamento "sexual aflorado" de ambas.

Segundo a menina de 6 anos, o vizinho as chamava de “gostosas” e as beijava na boca. No setor de atendimento psicossocial da delegacia, ela relatou ainda que a filha do homem, menina de 10 anos, também foi vítima de abuso. “Em mim não doeu, mas nela doeu”, disse em depoimento.

As duas meninas ainda relatavam que o vizinho as chamava para ter relações sexuais. Após a denúncia, a terceira vítima, de 11 anos, também contou ter sido abusada. Na delegacia, ela alegou que o homem a agarrava por trás quando brincava com a filha dele e passava as mãos em suas partes íntimas.

O caso é investigado pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) sob sigilo.

Pedreiro que teve casa incendiada por vizinhos é preso e nega acusações de abuso
Casa da família do suspeito totalmente destruída por vizinhos (Foto: Marcos Maluf)

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