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Capital

Sesau monitora 4 idosos entre 68 e 95 anos que viviam com vítima de covid-19

Todos moravam na mesma casa de mulher de 71 anos que morreu vítima da doença neste fim de semana

Marta Ferreira e Liniker Ribeiro | 13/04/2020 15:35
Rua na Vila Carvalho onde vivia idosa que morreu vítima de covid-19. (Foto: Henrique Kawaminami)
Rua na Vila Carvalho onde vivia idosa que morreu vítima de covid-19. (Foto: Henrique Kawaminami)

A senhora de 71 anos identificada como a primeira pessoa a morrer de covid-19 em Campo Grande vivia com outros idosos, que vão ser testados para a doença. Segundo as informações da  Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), nenhum dos moradores da residência na Vila Carvalho apresentou sintomas e agora os quatro vão ser monitorados.

O Campo Grande News conversou com uma sobrinha da vítima de covid-19. Ela pediu para não ser identificada. Explicou que na casa viviam a idosa, três irmãs dela, de 68, 82 e 85 anos, e ainda um senhor de 95, tio das mulheres.

“A cabeça está a mil”, definiu a familiar. O relato dela é de que ontem no final da noite a Vigilância Epidemiológica informou que o primeiro teste tinha havia dado positivo, depois da morte da paciente.

 “Depois ficávamos sabendo a confirmação real pela imprensa”, afirmou. O caso foi divulgado hoje cedo como sendo a primeira morte pela doença em Campo Grande e a quarta em Mato Grosso do Sul.

Sem direito a velório, procedimento em casos de covid-19, para evitar riscos de contágio, a família já havia, neste momento, sepultado a idosa, ainda no domingo à tarde, no cemitério Nacional Parque, nas Moreninhas.

“Para gente é um baque ainda, ela estava em tratamento de infecção urinária e desde o dia 30 estava indo ao posto”, revelou a familiar. Ela era a responsável por acompanhar a paciente no tratamento de infecção urinária, no CRS (Centro Regional de Saúde do Tiradentes). A senhora tinha outras comorbidades: era hipertensa e diabética.

A sobrinha diz que a idosa não saia de casa e o único local onde esteve nos últimos dias foi exatamente a unidade de saúde. “Eu a acompanhava todos os dias, ela não teve suspeita, além da infecção”, revela.

Segundo a mulher, a tia esteve no CRS pela primeira vez em 30 de março. Diagnosticada com infecção urinária, recebeu medicação e tratou por 7 dias. Voltou no dia 10, e voltou para a casa mais uma vez com receita de antibiótico para mais uma semana, pois a melhora não havia sido completa.

No dia 11, acordou com falta de ar, por volta das 8h, foi levada de novo o centro regional, onde teve uma parada cardíaca, depois de ser isolada em razão da suspeita de ter sido contagiada pelo  novo coronavírus. De lá, no fim da tarde, foi transferida para HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), referência para tratamento da doença.

Por volta das 3h da madrugada de domingo, contou a sobrinha, a equipe ligou, e chamou a família para conversar. No hospital, a informação é de que paciente havia sofrido nova parada cardiorrespiratória e morrido.

Além dos outros moradores da casa, a sobrinha também vai passar pelo teste rápido, mas segundo ela, isso ainda não foi agendado.

Duas vítimas - Em 24 horas, Campo Grande teve duas mortes por covid-19 confirmadas. A outra vítima foi uma mulher de 68 anos que estava internada no Hospital da Unimed desde 28 de março, em tratamento de um câncer que se originou na mama e atingiu outros orgãos.

Segundo informado pela Sesau, o marido dessa paciente também apresentous sintomas da doença e está sob monitoramento.


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