Pastor que usava o nome de Deus em estupros será monitorado com tornozeleira
O pedido de liberdade foi feito pelos advogados Rubens Saldivar e Bianca de Oliveira Guirelli
Nessa sexta-feira (9), a Justiça concedeu liberdade provisória com o uso de tornozeleira eletrônica, por 90 dias, ao pastor Evandro Luiz Baptista, de 53 anos, que havia sido preso por violação sexual mediante fraude, em Dourados, distante 251 quilômetros de Campo Grande.
RESUMO
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O pastor Evandro Luiz Baptista, de 53 anos, recebeu liberdade provisória com uso de tornozeleira eletrônica após mais de um ano preso por violação sexual mediante fraude. A decisão do juiz considerou o tempo de detenção, a primariedade do acusado e o encerramento da audiência de instrução. Evandro foi acusado de abusar sexualmente de quatro mulheres, membros de sua igreja, utilizando sua posição de líder espiritual para enganar as vítimas. Ele negou as acusações, alegando que uma das denúncias surgiu após a descoberta de um caso extraconjugal com uma das mulheres.
O pedido de liberdade foi feito pelos advogados Rubens Saldivar e Bianca de Oliveira Guirelli. Na decisão, o juiz Pedro Henrique Freitas de Paula considerou o tempo que o acusado está preso, a primariedade e o encerramento da audiência de instrução.
“Não vislumbro motivos para a manutenção da segregação cautelar, a qual, neste momento, pode ser substituída por cautelares diversas da prisão. Posto isto, concedo liberdade provisória ao acusado Evandro Luiz Baptista, mediante as seguintes condições: obrigação de manter seu endereço atualizado, proibição de manter qualquer tipo de contato com as vítimas e de se mudar sem autorização judicial”, destacou o magistrado.
Evandro, que estava preso desde agosto deste ano, foi acusado de ter abusado de quatro mulheres, duas de 20, uma de 22 e outra com 40 anos, que eram membros da igreja a qual ele era líder há, pelo menos, uma década.
A polícia chegou até o pastor a partir de denúncias que diziam que ele utilizava da sua figura de líder espiritual para enganar as mulheres, frequentadoras da igreja, e assim, praticar os abusos como beijo na boca, toques pelo corpo, inclusive seios, e até convencer as vítimas a praticar relação sexual.
Evandro, segundo as vítimas, realizava momentos de oração durante madrugadas em montes e no templo, que ainda estava em construção. Quando chegava aos locais, começava a falar em línguas estranhas, em tom alto, e, então, praticava os estupros.
Além disso, o líder espiritual também escolhia “a dedo” determinadas mulheres para praticar relação sexual, sob alegação de que Deus havia determinado “a passagem do varão”, que só seria feita pela “troca de energia vital”, a qual exigia a penetração, com fins de cura espiritual para as vítimas.
Na ocasião, o pastor negou as acusações afirmando que jamais havia cometido violação sexual. Segundo a defesa, uma das supostas vítimas denunciou Evandro por ciúmes dele com outra mulher da igreja.
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