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Economia

De clones de pessoas a sites falsos: IA amplia riscos de golpes na Black Friday

Especialistas alertam para fraudes digitais mais sofisticadas e ensinam como identificá-las

Por Ketlen Gomes | 24/11/2025 15:38
De clones de pessoas a sites falsos: IA amplia riscos de golpes na Black Friday
Cuidado com sites falsos deve ser redobrado na Black Friday, devido ao aumento de golpes com IA. (Foto: Jhefferson Gamarra)

Nos últimos anos, o comércio brasileiro aderiu à chamada “Black Friday”, com promoções realizadas na última sexta-feira de novembro. Com a aproximação da data, especialistas alertam para o aumento de golpes digitais, principalmente os que utilizam IA (Inteligência Artificial).

RESUMO

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Com a proximação da Black Friday, especialistas alertam para o aumento de golpes digitais, especialmente aqueles que utilizam Inteligência Artificial. Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva e QuestionPro, 42% dos brasileiros já foram vítimas de fraudes neste período ou conhecem alguém que passou por essa situação. A Serasa Experian registra mais de 7,7 milhões de tentativas de fraude de identidade no país. Entre os golpes mais comuns estão os deepfakes, que cresceram 830% entre 2022 e 2023, sites falsos imitando grandes marcas e o vishing, quando criminosos simulam atendimentos de serviços para obter dados pessoais.

De acordo com o Instituto Locomotiva e a QuestionPro, 42% dos brasileiros já foram vítimas de golpes na Black Friday ou conhecem alguém que passou por essa situação. Desse total, 16% foram vítimas diretas.

A Serasa Experian mantém um painel chamado “fraudômetro”, que contabiliza tentativas de fraude de identidade registradas no país. Até a publicação desta matéria, o sistema apontava um número alarmante: 7.778.380 tentativas. O índice é atualizado em tempo real, com base na média consolidada de ações fraudulentas.

A empresa destaca que, com a popularização da IA, golpes que utilizam inteligência artificial se tornaram mais comuns, já que a tecnologia permite que sistemas aprendam e tomem decisões com base em dados que simulam o raciocínio humano.

Especialistas explicam que golpes envolvendo mensagens enviadas por criminosos se passando por outras pessoas evoluíram para vídeos capazes de reproduzir fala e expressões faciais. Segundo a plataforma internacional de verificação Sumsub, deepfakes, como são chamadas essas falsificações, cresceram 830% no Brasil entre 2022 e 2023.

Outros golpes que se tornaram comuns com o uso de IA são o vishing, quando criminosos simulam atendimentos de serviços, como telefonia, fingindo ser autoridades, servidores públicos ou funcionários de bancos para obter dados pessoais, além de sites falsos que imitam lojas legítimas e induzem consumidores ao erro durante as compras.

Um estudo da Branddi indica que, em 2024, mais de mil sites falsos foram identificados nas semanas que antecederam a Black Friday, imitando marcas como McDonald’s, Nike, Amazon e Mercado Livre.

Em Mato Grosso do Sul, golpes envolvendo IA também têm explorado a atuação da Polícia Civil. A corporação emitiu um alerta em agosto sobre o “golpe da falsa polícia”. Os criminosos entram em contato com as vítimas por telefone, se identificam como policiais e mencionam supostas operações. Em seguida, pedem uma videochamada para depoimento. É nesse momento que a imagem e a voz das vítimas são gravadas e posteriormente usadas, com auxílio de IA, para criar deepfakes.

Diante do aumento de golpes utilizando inteligência artificial, algumas medidas ajudam a evitar fraudes nas compras da próxima sexta-feira (28). Entre elas, conferir se o site possui HTTPS (Protocolo de Transferência de Hipertexto Seguro) e o cadeado ao lado do endereço, observar erros sutis na URL (Localizador Uniforme de Recursos), como a troca de letras por números, e, no caso de pagamentos via Pix, verificar os dados do beneficiário antes de concluir a operação. Também é recomendável usar cartão virtual ou temporário nas compras online e calcular o valor do frete antes de finalizar a transação.

Outras orientações incluem pesquisar preços com antecedência, desconfiar de ofertas muito abaixo do mercado, verificar a reputação do vendedor em plataformas como Reclame Aqui, conferir se o CNPJ da loja está ativo, acessar sites digitando o endereço diretamente, evitar pagamentos fora da plataforma oficial, desconfiar de vídeos atribuídos a celebridades ou autoridades e rejeitar atendimentos que solicitem dados bancários completos ou senhas.

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