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Economia

Intenção de gastos cai e consumidor está mais cauteloso na Black Friday

Levantamento do Instituto de Pesquisa da Fecomércio aponta movimentação prevista de R$ 354 milhões

Por Lucia Morel | 19/11/2025 18:55
Intenção de gastos cai e consumidor está mais cauteloso na Black Friday
Movimento da Black Friday no Centro de Campo Grande em novembro do ano passado (Foto: arquivo/Juliano Almeida)

A queda de 18% no valor que deve circular na Black Friday 2025 em Mato Grosso do Sul não é apenas um indicador econômico: revela um consumidor mais racional, desconfiado e seletivo diante das promoções. O levantamento do Instituto de Pesquisa da Fecomércio e do Sebrae MS aponta movimentação prevista de R$ 354 milhões, abaixo dos R$ 417,2 milhões registrados no ano passado. A Black Friday 2025 é em 28 de novembro.

RESUMO

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A Black Friday 2025 em Mato Grosso do Sul deve movimentar R$ 354 milhões, uma queda de 18% em relação ao ano anterior, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa da Fecomércio e Sebrae MS. O recuo reflete um consumidor mais crítico e cauteloso diante das ofertas.Enquanto 52% dos entrevistados pretendem fazer compras, com gasto médio previsto de R$ 454,73, a maioria (78%) optará pelo comércio online. A desconfiança nos descontos é o principal motivo para 53% dos que não participarão do evento, marcado para 28 de novembro.

O recuo mostra um comportamento mais crítico em relação às ofertas, depois de anos de campanhas marcadas por descontos artificiais e preços reajustados às vésperas da data. A pesquisa aponta que o consumidor segue interessado em comprar, mas só quando identifica vantagem real, segundo a economista do IPF/MS (Instituto de Pesquisa da Fecomércio de Mato Grosso do Sul), Ludmila Velozo.

“O cliente compara preços, prioriza itens de maior necessidade e busca descontos reais. A data segue relevante para o comércio, mas o consumidor está mais atento e seletivo.”

Segundo o levantamento, 52% pretendem comprar, enquanto 48% devem ficar de fora este ano. Mesmo entre os que vão às compras, a disposição é moderada: o gasto médio previsto é de R$ 454,73, com maior concentração entre quem pretende desembolsar R$ 200 a R$ 400.

A pesquisa mostra ainda que o comprador está comparando mais, priorizando necessidades e buscando itens com utilidade prática. Por isso, produtos ligados ao trabalho lideram a lista de intenção, com 21%, seguidos por notebooks e computadores (20%). Móveis, eletrodomésticos e eletrônicos aparecem com 19%, enquanto celulares e tablets somam 14%. Outros 10% ainda não decidiram o que comprar.

Desconfiança lidera motivos para não comprar. Entre quem não pretende participar da Black Friday, 53% dizem não acreditar nos descontos. Outros motivos aparecem bem abaixo: 20% apontam o cenário econômico incerto; 10% têm receio de gastar; 18% afirmam que simplesmente não têm dinheiro.

Do total dos que vão comprar, 78% pretendem fazer as compras on-line. Apenas 23% devem ir às lojas físicas. No comércio presencial, o Centro segue como principal polo (43%), seguido pelos shoppings (27%), galerias (13%) e bairros (12%).

O perfil dos entrevistados mostra maioria de trabalhadores com carteira assinada (51%), além de empresários (16%), autônomos (14%) e servidores públicos (12%).

A pesquisa ouviu 1.982 pessoas entre 3 e 8 de novembro, em sete municípios: Bonito, Campo Grande, Coxim, Corumbá/Ladário, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas.
A margem de erro varia entre 5% e 6%, com intervalo de confiança de 95%.

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