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Economia

Dólar fecha em R$ 5,59 após Trump "poupar" 700 produtos brasileiros

Apesar da sanção, isenções aliviaram impacto nas exportações; Embraer teve alta de 11% na bolsa

Por Gustavo Bonotto | 30/07/2025 17:59
Dólar fecha em R$ 5,59 após Trump "poupar" 700 produtos brasileiros
Cédulas do dólar. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

O dólar subiu 0,38% e fechou a quarta-feira (30) cotado a R$ 5,59, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), confirmar a taxação de 50% sobre produtos brasileiros.

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Dólar fecha em alta após Trump anunciar tarifa sobre produtos brasileiros. A moeda americana subiu 0,38%, cotada a R$ 5,59, mesmo com a isenção de cerca de 700 produtos. A medida, que entra em vigor em 6 de agosto, foi justificada pela Casa Branca como resposta a uma suposta "ameaça" representada pelo Brasil.Ibovespa reage positivamente à lista de exceções, fechando em alta de 0,95%. A Embraer, que seria impactada pela tarifa, teve valorização de 11% após a exclusão do setor de aviação da cobrança. Apesar do alívio, o Tesouro alerta para possíveis danos à economia. Mercados acompanham decisões de juros no Brasil e nos EUA.

A valorização da moeda norte-americana ocorreu mesmo com a divulgação de uma lista com cerca de 700 exceções, o que reduziu os efeitos imediatos da medida. O alívio parcial ajudou a impulsionar o Ibovespa, que encerrou o dia em alta de 0,95%, aos 133.990 pontos.

O dólar acumula alta de 0,52% na semana e de 2,88% no mês, mas ainda registra queda de 9,54% no ano. Já o Ibovespa sobe 11,24% no acumulado de 2025, mesmo com retração de 3,64% em julho.

A decisão de Trump, oficializada por decreto, entra em vigor no dia 6 de agosto. Segundo a Casa Branca, a medida é uma reação a uma "ameaça incomum e extraordinária" representada pelo Brasil. O documento menciona o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), como um dos responsáveis pela suposta instabilidade institucional.

A lista de isenções inclui suco de laranja, petróleo, aeronaves civis, veículos e alguns tipos de celulose e minérios. A Embraer, uma das empresas que mais seriam afetadas pela tarifa, teve forte valorização na bolsa, com alta de 11% após a confirmação da exclusão do setor de aviação da cobrança adicional.

O anúncio do "tarifaço" repercutiu nos mercados globais, mas o real se manteve como a moeda de melhor desempenho entre os emergentes no dia. O euro comercial caiu 0,7%, encerrando cotado a R$ 6,38.

O adiamento da entrada em vigor da medida também contribuiu para reduzir o impacto imediato sobre os mercados. Apesar disso, o Tesouro Nacional alertou que os danos à economia brasileira ainda podem ser relevantes, mesmo com a exclusão de parte expressiva da pauta exportadora.

Além do cenário externo, os investidores também acompanharam a chamada “Superquarta”, marcada pelas decisões de juros nos Estados Unidos e no Brasil. O Federal Reserve manteve a taxa básica dos EUA entre 4,25% e 4,50% ao ano. No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) deve anunciar a nova Selic após o fechamento do mercado, com expectativa de interrupção no ciclo de altas.

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