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Economia

Fins de semana viram chance de reforçar renda para quem não pode parar

De jardineiro a comerciante, trabalhadores encaram sábado e domingo como dias úteis para garantir o sustento

Por Ketlen Gomes e Murilo Medeiros | 04/05/2025 09:19
Fins de semana viram chance de reforçar renda para quem não pode parar
Jardineiro trabalha sempre aos finais de semana, porque os clientes preferem. (Foto: Murilo Medeiros)

O que para alguns representa dias de descanso após uma semana de trabalho, para outros o fim de semana é oportunidade de reforçar a renda mensal. Seja por opção ou necessidade, nem todos os trabalhadores usam o sábado e o domingo para descansar — como é o caso de Diogo Vanildo Sales, jardineiro de 31 anos.

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Trabalhadores autônomos e pequenos empresários têm encontrado nos fins de semana uma oportunidade para aumentar seus rendimentos. O jardineiro Diogo Sales, que cobra R$ 250 por serviço, e o pedreiro Daril Medina, com diária de R$ 110, são exemplos de profissionais que não podem parar nos sábados e domingos. A demanda é impulsionada pelos próprios clientes, que aproveitam os dias de folga para acompanhar os serviços. Comerciantes como Rita Amorim, dona de hortifrúti, e José Edmur Almeida Junior, proprietário de funilaria, também mantêm seus estabelecimentos abertos aos sábados para atender à crescente procura.

Trabalhando por diária, Diogo explica que, se não trabalha, também não recebe. “Pra mim, vale mais a pena do que trabalhar registrado. Não compensa”, afirma o jardineiro autônomo, que cobra R$ 250 por serviço.

A demanda maior aos fins de semana vem dos próprios clientes, que aproveitam os dias de folga para acompanhar o trabalho. Por isso, o jardineiro conta que não tem sábado, domingo ou feriado fixos de descanso. Só para quando chove.

“A gente precisa. Tem família, aluguel, criança... não dá pra parar. Alguns clientes preferem o final de semana justamente pra ver o serviço. Mas, no fim das contas, o que manda é a necessidade. Se não dá tempo de atender todo mundo durante a semana, empurramos para o sábado e até para o domingo. Vamos encaixando”, comenta.

Fins de semana viram chance de reforçar renda para quem não pode parar
Daril Medina, pedreiro que costuma trabalhar aos sábados. (Foto: Marcos Maluf)

Daril Medina, pedreiro de 28 anos, também costuma trabalhar aos sábados. Ele cobra R$ 110 por diária. “Aqui a gente só para no domingo. No sábado, trabalhamos até meio-dia. O rendimento é o mesmo”, afirma.

Já quem é dono do próprio negócio, como Rita Amorim, de 56 anos, proprietária de uma hortifrúti, também não escapa do expediente aos sábados. Ela trabalha de segunda a sábado, com funcionamento das 6h30 às 13h no fim de semana. “Muita gente deixa para fazer as compras nesse dia. Nós, que somos um comércio menor, precisamos abrir, porque o movimento aumenta e o pessoal passa com menos pressa”, explica.

Fins de semana viram chance de reforçar renda para quem não pode parar
De camisa listrada, dona de hortifruti atende clientes. (Foto: Murilo Medeiros)

Na funilaria de José Edmur Almeida Junior, de 41 anos, o sábado também é dia de serviço. Ele afirma que o cansaço não pesa, já que ama o que faz. “Faço questão de acordar cedo todos os dias. No fim de semana, o movimento aumenta, principalmente perto de feriado, na sexta e no sábado, porque é quando os clientes têm tempo”, comenta.

José afirma que a procura é tanta que, às vezes, precisa recusar serviço. “No sábado lota. Acabo dispensando porque a demanda é muito grande. O problema é que falta gente comprometida para trabalhar”, finaliza.

Além destes que trabalham aos finais de semana, como uma extensão de sua atividade semanal, por necessidade de diária ou do tipo de negócio, há ainda aquelas pessoas que procuram atividades extras, fora da rotina semanal, para realizar funções de "freelancers", os famosos "bicos". Na internet, há diversos grupos de divulgação dessas vagas diárias, que possuem mais de mil usuários interessados em complementar renda.

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José Edmur, dono de funilaria, que ama trabalhar. (Foto: Marcos Maluf)

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