Homens ainda são maioria entre quem trabalha por conta própria em MS
Estudo mostra maior presença deles em setores como agropecuária, construção, transporte e reparação
Os homens continuam sendo maioria entre empregadores e trabalhadores por conta própria em Mato Grosso do Sul, conforme a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) das Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2024, divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (19).
RESUMO
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Em Mato Grosso do Sul, os homens mantêm predominância entre empregadores e trabalhadores autônomos, segundo dados da PNAD Contínua 2024. Dos 71 mil empregadores e 295 mil trabalhadores por conta própria no estado, a maioria é do sexo masculino. A disparidade reflete características estruturais do mercado local, com homens dominando setores como agropecuária, construção e transportes. As mulheres enfrentam barreiras culturais e menor acesso a crédito, permanecendo majoritariamente como assalariadas mesmo em áreas com maior presença feminina, como educação e saúde.
A pesquisa mostra que a presença masculina permanece predominante nos grupos com maior concentração de ocupações autônomas ou em atividades que exigem investimento inicial para começar a atuar.
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Entre os empregadores, eles representam a maior parte dos 71 mil que comandam negócios no Estado. A mesma diferença aparece entre os trabalhadores por conta própria, categoria formada por 295 mil pessoas em Mato Grosso do Sul, número quatro vezes maior que o total de empregadores. Nesse grupo, a participação masculina também é superior.
O quadro reflete características estruturais do mercado de trabalho sul-mato-grossense. Atividades como agropecuária, construção, transporte e serviços de reparação continuam concentrando mais homens, o que ajuda a explicar por que eles ocupam a maior parte dos postos ligados ao empreendedorismo e ao trabalho autônomo. Em muitos desses segmentos, as mulheres ainda lidam com barreiras culturais, menor acesso a crédito e menos oportunidades para iniciar um negócio.
Mesmo nos setores onde elas estão mais presentes, como serviços pessoais, educação, saúde e comércio, o comportamento observado pela pesquisa mostra que a maioria segue como assalariada ou diarista, e não como empresária ou autônoma.
A pesquisa também indica que, embora o trabalho por conta própria tenha crescido no Estado, a desigualdade entre homens e mulheres permanece praticamente estável. Ampliar a presença feminina em atividades independentes ainda depende de fatores como qualificação, formalização, linhas de crédito e suporte para conciliar trabalho e cuidado, pontos que mantêm Mato Grosso do Sul alinhado ao cenário nacional.
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