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Jogo Aberto

Evento oficial começa ao som de "toma, toma, sua cachorrona"

Por Ângela Kempfer e Clara Farias | 09/08/2025 07:00

"Toma sua cachorrona" - A entrega de obras em Campo Grande na manhã de ontem (8) começou de forma nada tradicional. Grupo de dança foi convidado para dar aula de zumba. O que os convidados não esperavam era o repertório escolhido. As autoridades, entre eles a prefeita Adriane Lopes (PP) e secretários municipais, foram recebidas com versos de "toma, toma sua cachorrona". A letra faz parte da faixa "Perversa", do funkeiro carioca Pedro Sampaio.

Proibidão - A plateia acompanhou, por cerca de três minutos, as dançarinas alternando entre agachamentos sensuais e movimentos de levantar. Depois do "funkão", veio a oração, que abriu oficialmente a agenda. Detalhe: esse tipo de música é proibido em eventos públicos desde a sanção da lei n.º 7.405/2025, apelidada de “lei anti-Oruam”, em maio.

Peso dos fósseis - Um estudo do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás apontou que Mato Grosso do Sul foi o estado com a segunda maior dependência dos impostos do setor de óleo e gás na arrecadação, que representou 25,70% do total que entrou nos cofres, atrás do RJ, com peso de 34,50%. Em MS, além do consumo do diesel, o impacto também vem com o gás natural boliviano, que entra por Corumbá e o ICMS fica aqui.

Dois anos depois - Os dados, referentes a 2023, incluem ainda Goiás e Amapá no topo do ranking, com Mato Grosso ocupando a sexta posição em relação à importância dos fósseis para a arrecadação. No entanto, a realidade não mudou para Mato Grosso do Sul desde então. Tanto que, neste ano, a oferta de gás caiu drasticamente e, nesta semana, foi preciso que o Governo do Estado impusesse um arrocho com cortes de 25% no custeio da máquina pública.

Papel estocado - A Suzano, que possui uma fábrica em Ribas do Rio Pardo (MS), criou um estoque de papel nos Estados Unidos suficiente para manter suas operações no país até o fim do ano, como forma de driblar a tarifa de 50% imposta pelo presidente norte-americano Donald Trump (Republicano) sobre produtos brasileiros. A empresa também avalia redirecionar vendas a outros mercados e anunciou aumento imediato de US$ 20 por tonelada no preço da celulose para clientes na Ásia, impulsionado pela alta demanda da China.

Abusivos - As Corregedorias do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e de São Paulo se reuniram para falar da tal "litigância abusiva", que em bom português é quando ações sem fundamento entopem o Judiciário e atrasam casos legítimos. Em visita ao Núcleo de Monitoramento do Perfil de Demandas paulista, referência no país, o grupo sul-mato-grossense discutiu casos concretos, uso de inteligência artificial e ferramentas para ajudar juízes a identificar processos suspeitos.

Abutres - Também foi tratada a troca de informações entre os dois estados, porque há advogados que atuam em até 14 estados ao mesmo tempo e acumulam mais de 17 mil processos, além de empresas que captam clientes de forma irregular, conhecidas como “abutres”. O encontro segue orientações do Conselho Nacional de Justiça para prevenir e enfrentar esse tipo de prática.

Economistas - De olho nos desafios da era digital, o Conselho Regional de Economia de Mato Grosso do Sul promove, entre os dias 12 e 15 de agosto, a "Semana do Economista", com debates gratuitos em Ponta Porã, Dourados e Campo Grande. A proposta é discutir o papel do economista frente às transformações tecnológicas e às novas ferramentas de análise que estão moldando o mercado.

Valorização - Com o tema “Economista, o profissional que faz a diferença”, o evento aposta no diálogo entre especialistas e comunidade acadêmica para valorizar a profissão e ampliar a compreensão sobre sua importância estratégica na formulação de políticas públicas e decisões empresariais.

Avançando - O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou para garantir que mulheres vítimas de violência doméstica recebam benefícios do INSS durante o período de afastamento do trabalho, assegurando não apenas a manutenção do vínculo empregatício prevista na Lei Maria da Penha, mas também da renda. É o primeiro passo no julgamento que ocorre no plenário virtual até 18 de agosto.