‘Les Garçons’, curta produzido em Corumbá, será lançado dia 16 no IFMS
Filme tem roteiro do premiado cineasta Breno Moroni, que reside na Capital
Solidão, memórias e os amores que não se viveram. Essa é a tônica de Les Garçons, curta-metragem de ficção produzido e rodado em Corumbá, que será lançado dia 16 de junho, às 19h, no campus local do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).
RESUMO
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"Les Garçons", curta-metragem com temática de solidão e memórias, será lançado em 16 de junho no IFMS de Corumbá. O filme, financiado pela Lei Paulo Gustavo, explora o abandono em pacientes terminais, com diálogos entre um jovem garçom e um idoso maitre em um restaurante francês decadente. A produção, dirigida por Salim Haqzan e com roteiro de Breno Moroni, adapta uma peça homônima e homenageia o ator português Francisco Adam. Gravado em Corumbá, o curta conta com trilha sonora do grupo Flor de Pequi e atores locais como Salim Haqzan e Fábio Arruda. Após a estreia, haverá exibições gratuitas em Corumbá, Nova Andradina e Campo Grande, com debates acessíveis sobre a obra.
Com investimentos da Lei Paulo Gustavo, por meio de edital da Fundação de Cultura do Estado, contou com a participação de produtores e artistas da cidade e regionais e roteiro do premiado cineasta carioca Breno Moroni, que atualmente reside em Campo Grande.
Trilha sonora original do grupo Flor de Pequi, o curta de 15 minutos é uma comédia onde se abordam o abandono e a solidão que acometem os pacientes terminais, entre delírios, amor platônico, angustia, esquizofrenia, conflitos e reflexões dos acasos da vida.
Tem como pano de fundo um velho restaurante francês decadente, onde se trava o diálogo entre um jovem garçom e um idoso maitre fragilizado pela guerra na espera de seu amor não correspondido (uma paciente terminal solitária, filha de um aristocrata arruinado), almejando o seu último jantar, ao lado desse amor não vivido. Os personagens se inter-relacionam de forma conflitante, entre traumas e decepções.
Berço artístico - Trata-se da adaptação de uma peça homônima, escrita por Moroni em 2004, em Portugal. A montagem original contou com o ator português Francisco Adam, ídolo adolescente da série "Morangos com Açúcar", que faleceu pouco depois da estreia. A memória de Francisco, segundo Breno, “pulsa no cerne da obra”.
“Foi a única peça de teatro que ele fez. Montar esse filme é também uma homenagem, uma dívida afetiva com a trajetória dele”, conta ele, 90 filmes, 50 anos de carreira.
"Les Garçons" foi gravado em Corumbá, cidade escolhida não apenas por sua força simbólica e importância para a história do cinema no Estado, mas também por ser berço de muitos dos envolvidos no projeto.
A locação ocorreu em um espaço emblemático: o grande salão da antiga Beneficência Portuguesa, no centro da cidade, uma construção de estilo eclético com características neocoloniais de meados do século XX, trazendo uma atmosfera histórica e rica à narrativa do filme.
A produção pantaneira originou-se da aprovação do projeto inscrito pelo corumbaense Salim Haqzan, 54. Ator, agente e ativista cultural, com forte atuação artística local e performances que têm por base o teatro, Salim é um dos protagonistas do curta interpretando o maitre, personagem central da trama, e assina a direção de arte.
Sessões com bate-papo - “Não é cumprir o edital, mas mostrar um trabalho produzido por profissionais talentosos do Estado com a experiência e visão artística de um Breno Moroni”, diz ele, fundador da Companhia de Experimentos e Truques Teatrais de Corumbá (GETT).
Salim divide a cena central com o ator Fábio Arruda, de Nova Andradina. A direção de imagens e cena tem os pratas da casa Bruno Nishino e Marco Calábria, vencedores de vários prêmios internacionais e nacionais entre filmes publicitários e vídeos de turismo, e direção de fotografia de Deivison Pedrê, de São Paulo.
O circuito de estreia do filme (entrada gratuita) inclui exibições no Moinho Cultural Sul-Americano e no Espaço Cultural Bar da Kah, nos dias 17 e 18. Ainda em junho, no dia 26, em Nova Andradina, no IFMS. Em Campo Grande, dias 10 e 11 de julho, no MIS (Museu da Imagem e do Som).
Ao final das apresentações, acontecerão bate-papos com a equipe e profissionais convidados das áreas de psicologia, direito e cultura. As sessões terão acessibilidade comunicacional garantida, com legendas, audiodescrição e intérpretes de Libras nos debates.
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