Fotos dos anos 90 resgatam tempos que desfile nas Moreninhas bombava
Imagens postadas nas redes sociais despertaram nostalgia em quem mora no bairro que completou 44 anos

Fotos antigas, publicadas em grupos de moradores, trouxeram de volta lembranças dos desfiles escolares que movimentavam as Moreninhas nos anos 90. Entre quem reviveu o passado estão moradores que cresceram no bairro e até se reconheceram nas imagens que trouxeram sensação de nostalgia.
RESUMO
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Moradores das Moreninhas, em Campo Grande, relembram com nostalgia os tradicionais desfiles escolares dos anos 90. As apresentações, que aconteciam na avenida onde hoje está o Terminal Moreninhas, reuniam escolas, fanfarras e grupos temáticos, atraindo grande público. Entre os entrevistados que se reconheceram nas antigas fotografias está Adriana Rodrigues Dantas, de 44 anos, que aparece em um desfile do grupo Balão Mágico. Outras moradoras, como Juliane Figueira e Dayse Rodrigues, também compartilharam suas memórias sobre a época, destacando a união comunitária e as transformações do bairro ao longo dos anos.
Uma dessas pessoas é Adriana Rodrigues Dantas, de 44 anos, que mora na região há 42 anos. Ela aparece criança, de uniforme vermelho em um desfile do antigo grupo Balão Mágico, uma das escolas infantis da época.
“Eu sou a loirinha da foto, no meio dos meninos. Tinha uns 5, 6 anos. Naquele tempo todo mundo desfilava, lotava a rua principal das Moreninhas”, conta

Adriana lembra que as escolas representavam o bairro e que os desfiles eram esperados como grande evento anual, antes da era dos celulares. “A atração era essa. Lotava de gente. Parecia festa”, destaca
Nascida em São Paulo, a moradora chegou com a família ainda bebê. Suas primeiras memórias das Moreninhas falam de um bairro sem muros, com terreno de terra vermelha e espaços simples. “Só tinha as casas, tudo sem muro”, conta.
Ela estudou em diversas escolas da região e lembra do tempo que as mães tinham que dormir na fila da escola Waldemir Barros da Silva para garantir a vaga dos filhos por conta da alta demanda de estudantes.

O parque Jacques da Luz também guarda lembranças como escorregadores improvisados nos barrancos e até um grande tambor de alumínio que virava brinquedo. “Era só farra”, resume.
Apesar das mudanças do bairro, Adriana garante que ama o lugar onde morou por toda a vida. “Eu não troco as Moreninhas por lugar nenhum. Aqui tem tudo, só falta um hospital”, avalia.
Outra moradora que reviveu lembranças foi Juliane Aquino Figueiredo, 36 anos. Na foto nostálgica ela aparece ainda criança, participando do desfile das Moreninhas vestida de florista em meados dos anos 1990.
“Era na avenida onde hoje fica o Terminal Moreninhas. Lotava. As escolas se juntavam para comemorar o aniversário do bairro”, conta.
Segundo ela, além das escolas, participavam fanfarras, soldados, moradores e grupos temáticos.
Juliane explica que o costume foi se perdendo quando a feira dominical saiu da avenida e o terminal começou a ser construído. “As Moreninhas tiveram muitas fases. Era um outro clima. As paqueras, as tardes na rua, o bairro todo se encontrava”, relata.
Para ela, rever imagens daquela época mexe com o tempo. “Dá saudade. A gente volta para os anos 90 e vê como tudo mudou rápido. Era outro mundo”, finaliza.
A terceira entrevistada, Dayse Rodrigues, também reviveu o passado ao ver as fotos. Antes de morar nas Moreninhas, ela visitava o bairro nos anos das discotecas, quando ainda era conhecido pela fama de perigoso. Mais tarde, mudou-se de vez com a família.
Entre as lembranças está o projeto de fanfarra que reunia crianças do bairro nos anos 80 e 90, liderado por uma professora no Centro Comunitário da Moreninha 3.
“Eles ensaiavam na rua. As crianças passavam tocando, fazendo coreografia. Era lindo”, diz Dayse.
As apresentações, segundo ela, não eram competitivas, mas culturais, feitas por pura alegria e união comunitária. “Eram crianças do bairro inteiro. A gente até reconhece algumas nas fotos”, finaliza.
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