De perfume a computador, servidora federal desviava produtos apreendidos
Operação da PF e da Receita Federal cumpriu mandados de busca na casa da funcionária, em Ponta Porã

Uma servidora da Receita Federal e funcionários terceirizados da alfândega de Ponta Porã são os principais alvos da Operação La Mano de Dios, deflagrada pela Polícia Federal. A investigação aponta que a investigada utilizava a posição de chefia para desviar mercadorias de alto valor.
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A Polícia Federal deflagrou a Operação La Mano de Dios, que investiga uma servidora da Receita Federal e funcionários terceirizados da alfândega de Ponta Porã por desvio de mercadorias apreendidas. Durante buscas, foram encontrados diversos produtos de alto valor, incluindo perfumes importados, eletrônicos e itens de luxo. A investigação, realizada em conjunto com a corregedoria da Receita Federal, revelou que o grupo utilizava um veículo apreendido para retirar bens da unidade, alegando falsamente doações para entidades religiosas. A servidora foi afastada de suas funções por determinação da Justiça Federal.
Na casa da servidora e de um dos terceirizados foram encontrados vários produtos, como perfumes, faqueiros, máquina fotográfica, TV e console de videogame Xbox.
A operação da PF é realizada em conjunto com a corregedoria da Receita Federal. Além de mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou o afastamento da função pública em desfavor da servidora federal. A assessoria da polícia não divulgou quantos mandados foram expedidos.
De acordo com a PF, as investigações tiveram início a partir de relatório encaminhado pela Corregedoria da Receita Federal, que apontava indícios das irregularidades cometidas pela servidora. Durante o cumprimento dos mandados, as equipes encontraram mercadorias de origem ilícita na casa da servidora e de um dos funcionários terceirizados.
Na lista de produtos encontrados consta computador de alta performance, modelo gamer; monitor e console de videogame Xbox; perfumes das marcas Ferrari, Moschino e Dolce & Gabbana; fones de ouvido e um smartwatch; uma câmera fotográfica DSLR da marca Nikon, acompanhada de lente e strap; talheres de luxo e itens de vestuário, como casacos.
Imagens do circuito interno de segurança registraram a atuação do grupo e o uso indevido de um veículo apreendido para retirar bens da unidade, sob a falsa justificativa de “doação para entidade religiosa”.
O nome da operação, “La Mano de Dios”, faz referência ao emblemático gol de Diego Maradona na Copa do Mundo de 1986, em alusão ao modo como os investigados, mesmo diante das câmeras de monitoramento, subtraíam bens públicos.
As investigações prosseguem com a análise do material apreendido.
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