Filé à parmegiana virou febre em restaurantes e no delivery
Na Capital, o prato aparece em versões de vários tamanhos, com preços que vão de R$ 47 a R$ 312

Se antes o filé à parmegiana era apenas mais uma opção nos cardápios da cidade, agora virou o “queridinho” entre entregas por aplicativo, casas especializadas e até restaurantes tradicionais. Desde a pandemia, Campo Grande entrou no “hype” do prato paulista, que hoje aparece em versões de vários tamanhos, com preços que vão de R$ 47 a R$ 312 que serve uma família grande.
RESUMO
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O filé à parmegiana conquistou Campo Grande e se tornou destaque nos serviços de delivery e restaurantes especializados. Com preços entre R$ 47 e R$ 312, o prato paulistano ganhou diferentes versões na capital, desde porções individuais até familiares, incluindo variações com frango e tilápia. Estabelecimentos como o Parmegiana do Ituano, criado pelo empresário Vicente Corazza, e a tradicional Sobaria do Arakaki mantêm a receita original, com molho de tomate caseiro e queijos específicos. O crescimento do delivery durante a pandemia impulsionou o surgimento de novos estabelecimentos dedicados exclusivamente ao prato.
Embora muitos associem o filé à parmegiana à culinária italiana, a receita é, na verdade, uma criação paulistana. A inspiração vem do parmigiana di melanzane, berinjela ao molho de tomate e parmesão que, na Itália, pouco lembra o bife empanado coberto de queijo que se popularizou no Brasil. Foi em São Paulo e, especialmente, em Itu que o filé mignon à milanesa mergulhado em molho de tomate e queijo prato ganhou vida própria e se espalhou pelo país.
Com o isolamento social, o delivery se fortaleceu e a parmegiana encontrou ali terreno fértil. Restaurantes especializados se multiplicaram e passaram a disputar o paladar do consumidor, cada qual com sua interpretação da receita.
Em Campo Grande, franquias cresceram com cardápios dedicados exclusivamente ao prato. Os preços variam conforme o tamanho e a proteína, e a oferta vai da tradição a releituras: opções individuais, porções familiares, variações com frango, tilápia e versões gourmet, com carne angus e batatas chips artesanais.
Um dos restaurantes surgidos nessa leva é o Parmegiana do Ituano, criado pelo empresário Vicente Corazza. Nascido em Itu (SP), cidade considerada berço da parmegiana no Brasil, ele se mudou para Campo Grande em 1996 e trouxe consigo a memória afetiva do prato.
Vicente aprendeu a receita original em 2015 com um cozinheiro de um restaurante centenário de Itu. Em 2021, no auge da pandemia, decidiu transformar o que antes fazia apenas para amigos em negócio, inicialmente só por delivery. “Deu muito certo. Caiu no gosto do campo-grandense, caiu mesmo”, afirma.
Ele conta que o segredo está no molho. “Aqui o molho é muito ácido, muito industrializado. O nosso é caseiro. Para tirar a acidez precisa ferver muito”, explica. “E outra: chamam tudo de ‘bife à parmegiana’. Mas o nosso é 100% filé mignon, o original paulista. Aqui vinha patinho, coxão duro, alcatra… tudo virava parmegiana.”
O cardápio é organizado por tamanho: P (duas pessoas) por R$ 132; M (três pessoas) por R$ 217; e G (até seis pessoas) por R$ 312. Há também variações com frango e berinjela, mas Vicente preserva a tradição: “O original é molho de tomate caseiro, sem azeite, queijo prato e parmesão. Catupiry por cima? São invenções”, brinca.

Muito antes do hype recente, a Sobaria do Arakaki já servia uma parmegiana farta e querida pelo público. Fundada nos anos 1980 na Feirona, hoje ocupa uma esquina no Amambaí e segue sob comando da mesma família há três gerações.
O atual proprietário, Rodrigo Sakamoto, conta que o prato tem cerca de 30 anos e conquistou clientela fiel. “Tem gente que vem do Centro, das Moreninhas. Temos clientes antigos. Os pais vinham, depois trouxeram os filhos, e agora os filhos trazem os netos”, diz.
O segredo ali também está na simplicidade bem-feita: filé mignon, molho cozido por cerca de seis horas e muçarela. O prato inteiro (R$ 165) serve quatro pessoas; a meia porção (R$ 135), de duas a três. O restaurante fica na R. Coriolano Ferraz Baís, 72, Amambaí.
“Hoje em dia procuram mais o filé à parmegiana. Sai mais que o sobá. O povo tenta imitar a gente, mas o físico ainda é o melhor, porque sai quentinho direto para a mesa”, resume Rodrigo.
Opções por aplicativo
No iFood, há diversas opções: de casas especializadas a restaurantes tradicionais. O Seu Parmê, por exemplo, trabalha com cortes angus empanados e servidos com molho rústico de tomate e manjericão. A porção individual serve uma pessoa; a dupla atende duas; e a família chega a quatro, com preços entre R$ 84,90 e R$ 148,90.

A Parmegiana é outra casa focada no delivery, com pratos em diferentes tamanhos. O individual sai por R$ 43; a versão “meio”, para até duas pessoas, custa R$ 78,90; e o tamanho inteiro, para até três pessoas, fica em R$ 103,90. Além do filé tradicional, há opções de frango e tilápia.
A expansão movimenta também restaurantes recentes, como o Varandá Filet & Chips, especializado em parmegiana e batatas chips. São três principais versões: a tradicional, com molho fresco e muçarela (R$ 111 a R$ 154); a quatro queijos (R$ 119 a R$ 164); e a parmegiana da casa, com molho fresco e catupiry (mesmos valores). O tamanho médio serve três pessoas; o grande, até quatro.
Além do carro-chefe, o local oferece acompanhamentos como batata chips (R$ 29), batata rústica (R$ 32) e batata tradicional (R$ 32). Fica na Rua Vitório Zeolla, 524, funciona de segunda a sábado, das 18h às 22h30, e aos domingos atende apenas por delivery no almoço.

Há também o Bella Parmegiana, entre as opções mais populares para quem almoça nos shoppings Norte Sul Plaza e Campo Grande. No iFood, o prato individual custa R$ 47,20, com escolha entre filé, bife, frango ou polpettone e três acompanhamentos.
Outros bares e cantinas mantêm o prato no cardápio, mesmo sem tê-lo como estrela. No Maracutaia, a parmegiana sai por R$ 99; na Cantina Romana, a tradicional com presunto, muçarela e parmesão chega a R$ 194; e na Cantina Masseria, o prato para duas pessoas parte de R$ 147,91.
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