Estudante que atropelou corredora solicita à Justiça transferência para Goiás

Réu por homicídio culposo na direção de veículo, o estudante de Medicina João Vitor Fonseca Vilela solicitou à Justiça autorização para mudar-se de Campo Grande (MS) para Aparecida de Goiânia (GO), alegando motivos acadêmicos e familiares. No mesmo pedido, ele também requer liberação para participar da formatura da irmã, marcada para os dias 24, 25 e 26 de julho.

João Vitor é acusado de matar atropelada a corredora Danielle Correa de Oliveira, em 15 de fevereiro deste ano.

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O documento foi protocolado no dia 22 de julho pelo advogado José Roberto Rodrigues da Rosa e ainda não foi apreciado pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Juri, Aluizio Pereira dos Santos.

Segundo o pedido, João Vitor ingressará no internato obrigatório do curso de Medicina no segundo semestre de 2025. A etapa exige presença contínua em unidades de saúde vinculadas à FAMP (Faculdade Morgana Potrich), onde está matriculado. As atividades ocorrerão na região metropolitana de Goiânia, o que, segundo a petição, justifica a fixação de residência permanente em Aparecida de Goiânia.

O endereço indicado na solicitação pertence à irmã do acusado, Maria Eduarda Fonseca Vilela, com quem ele pretende morar durante o período do internato. O comprovante de residência foi anexado aos autos.

A defesa também solicita que a nova moradia seja registrada no processo para controle jurisdicional e para permitir comunicações oficiais. No mesmo requerimento, João Vitor pede permissão para participar das solenidades de formatura da irmã, que ocorrerão em diferentes locais e datas entre 24 e 26 de julho.

Caso – A corredora Danielle Correa de Oliveira, de 41 anos, morreu após ser atropelada pelo Fiat Pulse dirigido pelo estudante na MS-010, na saída para Rochedinho, em Campo Grande.

Ela participava de um treino em grupo. Outra corredora, Luciana Timóteo da Silva Ferraz, de 43 anos, também foi atropelada, mas sobreviveu graças a um impacto menos direto e ao socorro rápido prestado no local.

O inquérito policial apontou que João Vitor dirigia em alta velocidade e sob efeito de álcool. Ele foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, na direção de veículo automotor, com agravantes como consumo de bebida alcoólica e excesso de velocidade. O caso ganhou grande repercussão à época, com manifestações de atletas e da sociedade civil pedindo justiça.

Desde então, o estudante responde em liberdade, mediante medidas cautelares como o comparecimento periódico à Justiça e a proibição de se ausentar da cidade sem autorização prévia. O novo pedido será avaliado pelo juiz responsável pelo caso. O julgamento foi  marcado para 10 de setembro de 2025.

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