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Interior

Distribuidora nega envolvimento em esquema de desvio de R$ 5,4 milhões

Em nota, a empresa Pharbox diz ter sido vítima de "chantagem comercial" durante negociação

Por Ana Paula Chuva | 20/11/2025 10:59
Distribuidora nega envolvimento em esquema de desvio de R$ 5,4 milhões
Agente do Gaeco no Hospital Dona Elmira Silvério Barbosa (Foto: Paulo Francis)

A Pharbox Distribuidora Farmacêutica, uma das empresas mencionadas pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul na Operação Dirty Pix (Pix Sujo), afirma que não participou de nenhum repasse irregular e que foi, inclusive, vítima de exigências consideradas “chantagem” por parte do Hospital Elmira Silvério Barbosa, em Sidrolândia, cidade a 71 quilômetros de Campo Grande.

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A Pharbox Distribuidora Farmacêutica, citada na Operação Dirty Pix do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, nega envolvimento em repasses irregulares e afirma ter sido vítima de chantagem por parte do Hospital Elmira Silvério, em Sidrolândia.A empresa declara que sua única relação com o hospital foi a venda de equipamentos médicos em 2023, tendo encerrado as atividades no estado após prejuízos e problemas com representantes locais. Com 40 anos de atuação, a Pharbox garante possuir documentação que comprova a regularidade de suas operações comerciais.

Em nota enviada ao Campo Grande News, a Pharbox afirma que sua única relação com o hospital foi a venda de uma ressonância magnética Siemens e de uma autoclave industrial, entregues e instaladas em 2023. A Pharbox ainda diz que a negociação foi conduzida por representantes que atuavam de forma independente no Estado e tiveram o vínculo encerrado por “falta de compliance e conduta irregular”.

“Não temos nenhuma relação comercial no Mato Grosso do Sul desde o ocorrido, primeiro pelo prejuízo absorvido e segundo pela completa destituição da equipe comercial local anterior. Tampouco conhecemos ou tivemos quaisquer relações com as pessoas mencionadas, com exceção da direção do hospital, com a qual tratamos por diversas vezes quando da entrega dos equipamentos”, diz a nota.

Ainda segundo a Pharbox, a empresa acabou sofrendo prejuízo, já que assumiu custos acima do contratado, incluindo obra civil, importação, instalação e treinamento, despesas que não seriam de sua responsabilidade, e alega que a direção do hospital teria condicionado o aceite do equipamento ao pagamento dessa obra, o que classificou como “chantagem comercial”.

Na nota, a Pharbox nega ter enviado qualquer quantia ao presidente do hospital ou às outras cidades citadas na investigação do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), que apura um esquema de pagamento de vantagens a gestores e vereadores por meio de transferências via PIX feitas por fornecedores.

Por fim, a empresa reforça que em mais de 40 anos de atuação nunca foi alvo de investigações e diz estar à disposição do Ministério Público, garantindo ter documentação capaz de demonstrar regularidade em todas as etapas da operação comercial.

Dirty Pix -  A operação desencadeada em Sidrolândia apura transferências via PIX feitas diretamente ou por intermédio de terceiros ao presidente do Hospital Beneficente Dona Elmíria Silvério Barbosa, Jacob Breure, e a vereadores da cidade. A investigação identificou o desvio de R$ 5,4 milhões em recursos públicos.

Em nota, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) informou que o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), em apoio à 3ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia, cumpre 18 mandados de busca e apreensão em Sidrolândia e em Manaus (AM).

A investigação apura os crimes de peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. Conforme o MPMS, os R$ 5,4 milhões foram repassados pelo Estado de Mato Grosso do Sul ao Município de Sidrolândia para a compra de um aparelho de ressonância magnética e um autoclave hospitalar.