O sistema imunitário também envelhece: a descoberta das células ABC
O passar dos anos afeta nossa proteção imunológica de forma distinta que a dos ossos, cérebro ou hormônios. A recente descoberta das células ABC oferecem valiosas pistas a respeito desse processo pouco conhecido. Vale recordar que o sistema imunológico é o responsável por nossas defesas mas também nos “presenteia” com as enfermidades autoimunes, quando por um erro nosso corpo ataca ele mesmo.
A imunosenescência.
Com o passar do tempo, nossas células do sistema imunológico também envelhecem em um processo denominado “imunosenescência”. O que acontece em um corpo idoso é a redução de movimentos dos neutrófilos e monócitos, células de nossa defesa. Também diminui a geração de linfócitos. Essas duas “novidades” do corpo idoso dificultam o enfrentamento com células, como as cancerígenas ou vírus, que nos atacam. Nossas defesas ficam fragilizadas. Surgem mais e mais inflamações em nosso corpo pois as células de defesa se tornam torpes e bem mais lentas.
A descoberta das células ABC.
Recentemente, os cientistas descobriram um novo tipo de linfócito, que denominaram “células ABC“. Seu numero aumenta de maneira natural com a idade. Inicialmente, pensavam que elas serviam para nos auxiliar no combate com células estranhas e invasoras. Mas essa é apenas uma parte da história. As células ABC jogam um papel central nas doenças autoimunes. Quer dizer, essas células produzem anticorpos contra partes de nosso próprio organismo. Geram inflamações.
Jogam dos dois lados.
São como aqueles espiões que jogam dos dois lados. Uma hora nos defendem e, logo a seguir, nos atacam. Quando são perigosas para nosso corpo, atacam preferencialmente nossos vasos sanguíneos. É assim que essas células ABC provocam o aumento das enfermidades cardiovasculares, a primeira causa de morte no mundo. São elas que atacam as células cardíacas, criando inflamações e, consequentemente, levando ao aumento de placas de colesterol.
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