Atraso na entrega de insumos suspende exames de próstata

Após um paciente relatar dificuldades para fazer o exame preventivo em Campo Grande, nesta quarta-feira (22), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclareceu que está sem o reagente nos estoques por atraso do fornecedor. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.

O exame em questão é o (Antígeno Prostático Específico), feito a partir de uma amostra de sangue. Ele é importante porque ajuda a identificar alterações na próstata, especialmente relacionadas ao câncer, hiperplasia prostática benigna (aumento benigno da próstata) e infecções como prostatite.

Pelo Direto das Ruas, um aposentado de 71 anos relatou que seu médico fez a solicitação do exame, na UBS (Unidade Básica de Saúde) Lar do Trabalhador, mas ele não conseguiu fazer na rede pública e vai ter que pagar mais de R$ 100 em uma clínica particular.

“Normalmente, quando o médico pede é porque a gente já está sentindo alguma coisa, ainda mais na minha idade. Verifiquei em uma clínica e esse exame está custando em torno de 130 reais. Minha aposentadoria é um salário mínimo", lamentou o idoso.

Em nota enviada ao Campo Grande News, a Sesau informou que possui um contrato vigente com a empresa Central Lab Distribuidora de Produtos para Saúde LTDA, de Porto Alegre (RS), que fornece os insumos necessários para a realização do exame em questão. Esta empresa representa uma marca multinacional, com sede principal norte-americana.

“Sendo assim, mesmo a empresa realizando o pedido dedicado mensalmente de reagentes e insumos com 60 dias de antecedência, esporadicamente, podem ocorrer atrasos na entrega de reagentes devido à necessidade de importação destes produtos. Considerando o período de recesso das empresas e multinacionais, tivemos um infortúnio, que resultou no atraso da entrega de nosso pedido dedicado”.

Porém, ainda segundo a secretaria, mesmo com este empecilho, mantiveram rotina para realização do PSA, contudo “o atraso foi superior ao tempo do estoque existente no laboratório, sendo necessário suspender, temporariamente, a realização do exame”. Agora, a previsão é que os reagentes cheguem à Capital até a primeira semana de fevereiro. Só aí as coletas e exames voltam ao normal.

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