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Economia

Justiça bloqueia R$ 500 mi de investigado em fraude contra aposentados do INSS

Valor é o maior já congelado individualmente em dinheiro vivo no esquema de descontos ilegais em benefícios

Por José Cruz | 17/12/2025 15:00
Justiça bloqueia R$ 500 mi de investigado em fraude contra aposentados do INSS
A medida foi solicitada pela Advocacia-Geral da União (AGU) (Agência Gov | Via AGU)

A Justiça Federal determinou, nesta terça-feira (16), o bloqueio de R$ 500 milhões mantidos em conta bancária de um único investigado no esquema de cobranças indevidas contra aposentados e pensionistas do INSS. A medida foi solicitada pela Advocacia-Geral da União (AGU) no âmbito das apurações da Operação Sem Desconto.

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A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 500 milhões em conta bancária de investigado por fraudes contra aposentados e pensionistas do INSS. A medida, solicitada pela Advocacia-Geral da União (AGU), representa o maior valor individual retido desde o início das investigações da Operação Sem Desconto.O esquema bilionário envolve associações e pessoas físicas e jurídicas que realizavam descontos irregulares em benefícios previdenciários. Desde maio de 2025, a AGU já obteve o congelamento de R$ 4,5 bilhões em bens dos investigados, de um total de R$ 6,5 bilhões solicitados em 36 ações cautelares.

Segundo a AGU, o valor retido é o maior já alcançado individualmente em recursos líquidos desde o início das ações judiciais relacionadas ao caso. As investigações apontam um esquema bilionário de fraudes envolvendo associações e pessoas físicas e jurídicas que atuavam sobre benefícios previdenciários.

Desde maio de 2025, a AGU ingressou com 36 ações cautelares, com base na Lei Anticorrupção, pedindo a indisponibilidade de R$ 6,5 bilhões em bens dos investigados. Até agora, decisões liminares já resultaram no congelamento de R$ 4,5 bilhões.

As apurações são conduzidas pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal (PF), que identificaram descontos irregulares aplicados diretamente nos benefícios de aposentados e pensionistas, sem autorização válida.

Para o advogado da União Raniere Rocha Lins, responsável pela Procuradoria Nacional da União de Patrimônio Público e Probidade, o avanço nas medidas judiciais é reflexo da atuação integrada dos órgãos envolvidos. “A coordenação dos trabalhos permitiu alcançar resultados expressivos como este”, afirmou.