Na era do Pix, moeda só resiste para pagar a paçoquinha da cantina
Apesar disso, tem gente que mantém o costume da década passada e faz questão de guardar elas nos cofrinhos
Todo mundo que nasceu nos anos 1990 e início dos anos 2000 lembra, perdeu no sofá, encontrou no fundo da bolsa ou usou para comprar um docinho na infância. Apesar da fama, as moedas que fizeram a alegria de muita gente estão sumindo do mapa, e isso não é novidade. O novo é que, embora elas sejam artigo cada vez mais raro, agora, o papel delas é garantir a paçoca dos estudantes na cantina das escolas e as balinhas que já custam até 1 real cada.
Embora o cenário seja crítico para as moedinhas, hoje ainda tem gente que mantém o costume da década passada e faz questão de guardar elas nos cofrinhos. É o caso do estudante João Emanuel, de 12 anos. Ele está focado em juntar dinheiro para comprar um computador gamer e conta que, no ciclo de amigos, poucos usam as moedas, mesmo na cantina.

“Tenho uns 200 reais no cofrinho, mas eu uso Pix, mas meu celular estragou. As pessoas da minha idade alguns usam para comprar coisas na cantina, mas a maioria usa cartão. Meu amigo fala muito de moeda porque coleciona.”
Manoela, de 7 anos, usa o dinheiro dado pelo pai para comprar paçoca na cantina. Para ela, as moedas são apenas para isso. As amigas que têm moedas fazem a mesma coisa. “Eu quero comprar doce. Um real é uma paçoca na cantina. Eu só compro isso, e meu pai me dá R$ 10,00 sem ser de moeda. Eu guardo as moedas para comprar doce”, conta.

Letícia Pereira também usa as moedas, mas fora da escola, como na padaria, por exemplo. No ambiente escolar, as coisas são compradas apenas no digital. “No meu meio, ninguém usa moeda, ninguém. Já coloquei moeda em cofrinho, mas já perdi o cofrinho.”
Sofia Canalha, de 17 anos, comenta que vende bombons na escola e que é até difícil ver moedas como forma de pagamento. “Eu fui vender, por exemplo, não tinha. Só no Pix. Eu pego da minha mãe para o lanche da escola, que é pouco e dá pra pegar em moeda. Eu não vejo mais moeda, não é mais comum, só nota.”
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