ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
NOVEMBRO, TERÇA  25    CAMPO GRANDE 28º

Cidades

Defesa pede que Roberto Razuk fique em prisão domiciliar

Ex-deputado de 84 anos foi preso nesta manhã em Dourados, alvo da quarta fase da Operação Successione

Por Ângela Kempfer | 25/11/2025 17:44
Defesa pede que Roberto Razuk fique em prisão domiciliar
Roberto Razuk e foto divulgada pela família nas redes sociais (Foto: Instagram/Reprodução)

A defesa do ex-deputado estadual Roberto Razuk já fez o pedido de concessão de prisão domiciliar em nome do principal alvo da 4ª fase da Operação Successione, desencadeada nas primeiras horas desta terça-feira (25). O ex-parlamentar tem 84 anos e trata câncer há anos, segundo o advogado João Arnar, que conversou com o Campo Grande News pela manhã.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

A defesa do ex-deputado estadual Roberto Razuk solicitou prisão domiciliar após sua detenção na 4ª fase da Operação Successione. Com 84 anos e em tratamento contra o câncer, Razuk foi preso em sua residência em Dourados. Segundo seu advogado, João Arnar, o estado de saúde do ex-parlamentar é extremamente delicado. A operação, conduzida pelo Gaeco com apoio do Batalhão de Choque, cumpriu 20 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão em diversos municípios de Mato Grosso do Sul e outros estados. A investigação visa desarticular uma organização criminosa envolvida com jogos ilegais e esquemas de corrupção.

Na tarde de hoje, em nota, a defesa informou que “Roberto Razuk é idoso e encontrava-se acamado, em recuperação de recentes procedimentos cirúrgicos, apresentando quadro clínico delicado” quando foi preso. “Diante disso, foi requerida a concessão de prisão domiciliar, direito previsto na legislação brasileira e assegurado às pessoas em tais condições”, completa o texto.

A nota também informa que ninguém teve acesso aos autos do processo que tramita em segredo de Justiça, “tampouco às fundamentações que levaram à decretação das prisões” de Razuk e dos filhos, Jorge e Rafael. “Assim que houver ciência integral dos autos, a defesa emitirá manifestação formal aos veículos de comunicação que solicitaram informações sobre o caso”.

Em entrevista nesta manhã, João Arnar afirmou ver como a principal preocupação o estado de saúde do cliente idoso. “O estado de saúde dele é horrível, é péssimo, está muito delicado. Ele é idoso com inúmeras comorbidades”, disse.

O advogado preferiu não dar mais detalhes sobre o quadro de Razuk, mas disse que mantê-lo preso é desumano. “É melhor perguntar o que ele não tem. Eu prefiro preservar. Os promotores já viram o Roberto pessoalmente, e qualquer ser humano que vê percebe que a saúde dele não está boa e o nível de comprometimento é alto”, pontuou.

O Campo Grande News também entrou em contato com a esposa de Roberto, ex-prefeita de Dourados, Délia Razuk, que relatou que “não tem condições psicológicas de falar”.

Entenda – A operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, foi às ruas para cumprir 20 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Corumbá, Dourados, Maracaju e Ponta Porã, além de alvos nos estados do Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

Roberto Razuk foi preso em sua casa, na Rua João Cândido Câmara, em Dourados, a 251 km da Capital.

Outros alvos da operação são o advogado Rhiad Abdulahad e Marco Aurélio Horta, o “Marquinho”, chefe de gabinete do deputado estadual Neno Razuk (PL), filho de Roberto, que não foi alvo da Successione desta vez, e funcionário da família há quase 20 anos. Horta estava afastado do serviço, cumprindo licença médica após ser submetido a uma cirurgia, mas foi conduzido para a Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), no Bairro Tiradentes.

O empresário e ex-candidato a vereador Marcelo Tadeu Cabral, o Marcelão Cabral, 55 anos, também está entre os investigados. A reportagem apurou que o mandado de busca e apreensão foi cumprido em endereço ligado a ele em Corumbá, a 428 quilômetros de Campo Grande, e o de prisão, na Capital.

As fases anteriores da Successione haviam revelado a existência de uma organização criminosa armada que explorava jogos ilegais, articulava esquemas de corrupção e praticava crimes violentos ligados à disputa pelo monopólio do jogo do bicho em Campo Grande, cenário que se abriu após a Operação Omertá.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.