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Cidades

Operação desmantela tráfico que usava criptomoedas e movimentou R$ 15 milhões

Grupo investigado por esquema milionário de drogas mantinha ramificações em MS

Por Gabi Cenciarelli | 19/11/2025 17:37
Operação desmantela tráfico que usava criptomoedas e movimentou R$ 15 milhões
Materiais apreendidos durante a Operação Archote, que mira rede interestadual de tráfico (Foto: Divulgação)

Uma investigação de Rondônia contra rede de tráfico milionária que usava criptomoedas para lavar dinheiro teve desdobramentos em Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira, com mandados cumpridos em Campo Grande e Ponta Porã. Na Capital, o DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) executou uma busca em uma empresa de fachada. O grupo mantinha ramificações entre RO e MS, empregava um químico para testar drogas e movimentava patrimônio estimado em R$ 15 milhões.

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A Polícia Civil de Rondônia deflagrou a Operação Archote contra uma organização criminosa que movimentava R$ 15 milhões através do tráfico de drogas e lavagem de dinheiro com criptomoedas. A ação resultou em 78 medidas judiciais, incluindo nove mandados de prisão e 23 buscas e apreensões em diversos municípios. O grupo, que mantinha conexões entre Rondônia e Mato Grosso do Sul, contava com uma estrutura sofisticada que incluía um químico para testar drogas e empresas de fachada. Entre os investigados estão empresários, o filho de um vereador e uma estudante de Medicina, demonstrando a infiltração da organização em diferentes círculos sociais.

A Operação Archote foi deflagrada pela Polícia Civil de Rondônia para desarticular uma organização criminosa que atuava simultaneamente em diversos municípios e mantinha conexões diretas com Mato Grosso do Sul. A ofensiva cumpre 78 medidas judiciais, incluindo 9 mandados de prisão, 23 buscas e apreensões e bloqueios de bens que somam aproximadamente R$ 15 milhões.

As ordens foram cumpridas primeiro em Mato Grosso do Sul, com ações em Campo Grande e Ponta Porã, cidades apontadas como pontos de apoio da organização criminosa no Estado. Em Rondônia, os mandados se espalham por Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena, Guajará-Mirim, Nova Mamoré e São Felipe d’Oeste.

Operação desmantela tráfico que usava criptomoedas e movimentou R$ 15 milhões
Empresa de fachada onde o DRACCO cumpriu mandado de busca em Campo Grande (Foto: Divulgação/PCMS)

Segundo a investigação conduzida pela DRACO2/DECCO (unidades especializadas da Polícia Civil de Rondônia), o grupo estruturou uma logística própria de transporte interestadual de drogas e adotou mecanismos tecnológicos para dificultar o rastreamento de valores, realizando pagamentos em criptomoedas. A quadrilha ainda contava com um químico incumbido de analisar a pureza das substâncias antes de enviá-las a compradores de outros estados.

Entre os investigados estão empresários, o filho de um vereador e uma estudante de medicina, o que, conforme os investigadores, mostra o alcance social da organização criminosa e sua capacidade de infiltração em diferentes círculos.

O nome Archote faz referência à tocha usada historicamente para iluminar locais escuros e simboliza o esforço de expor estruturas ocultas do crime organizado. A ofensiva integra a Renorcrim (Rede Nacional de Combate ao Crime Organizado), coordenada pelo Ministério da Justiça para articular unidades especializadas no combate a organizações criminosas.

Operação desmantela tráfico que usava criptomoedas e movimentou R$ 15 milhões
Equipe do DRACCO durante cumprimento de mandado em Campo Grande (Foto: Divulgação/PCMS)

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