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Líder de quadrilha usava empresas de amigos na Capital para lavar dinheiro

William Alves Ribeiro, o Peixe, quebrou o celular e o jogou no telhado ao ver a polícia chegar ao condomínio

Por Ana Paula Chuva e Dayene Paz | 14/08/2025 10:39
Líder de quadrilha usava empresas de amigos na Capital para lavar dinheiro
William, apontado como líder da organização criminosa e a esposa Nadja (Foto: Reprodução | Instagram)

Apontado como líder da quadrilha alvo da operação Contra-Ataque III, o empresário William Alves Ribeiro, o “Peixe”, foi preso na casa onde morava com a esposa no condomínio Damha II, em Campo Grande, na manhã desta quinta-feira (14). Ele e Nadja Tybusch Ribeiro são proprietários de empresas de transporte e oficina de personalizados de luxo, além de serem donos de ao menos quatro cavalos, avaliados em R$ 250 mil cada, aproximadamente.

RESUMO

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William Alves Ribeiro, conhecido como "Peixe", foi preso pela Polícia Federal em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, acusado de liderar uma quadrilha envolvida em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ele utilizava empresas de amigos e familiares, incluindo as de sua esposa, para ocultar recursos ilícitos. Durante a operação Contra-Ataque III, foram apreendidos veículos, armas, munições e bloqueadas contas bancárias. A investigação começou após apreensões em Minas Gerais, revelando ligações com fornecedores de drogas na região. Quatro pessoas foram presas e 13 mandados de busca cumpridos.

Equipes da PF (Polícia Federal) e da Receita Federal chegaram à casa do empresário logo nas primeiras horas da manhã. Quando viu a movimentação, William quebrou seu celular e jogou no telhado da residência. O aparelho foi recuperado e será periciado.

O Campo Grande News apurou que estão registradas as empresas WR Martelinho Express Ltda. e a Embaplast. Além disso, a esposa de William é dona do Ateliê da Nana, também alvo da PF (Polícia Federal). A empresa trabalha com personalizados de luxo, presentes e lembranças. A família também é proprietária de um haras localizado no Anel Viário, na região das Moreninhas.

Peixe ainda é irmão de Welder Alves Ribeiro, o "Ninho", dono da empresa Aliança Transporte ou WAR Transporte. O empresário também foi alvo da PF (Polícia Federal) junto com a companheira Rosany Larissa Aranda, proprietária da loja Lolya Moda.

Segundo a Receita Federal, o líder do esquema criminoso trocava mensagens com um traficante e com os sócios das empresas utilizadas para receber os pagamentos do comércio de drogas e armas. Adalto Rodrigues de Souza Júnior, dono da garagem Play Motors, foi apontado como “muito amigo” de William.

Ao todo, foram quatro presos na operação e 13 mandados de busca cumpridos hoje. Segundo o delegado, a ação tinha como objetivo fazer busca e apreensão nos imóveis de fornecedores de drogas para a quadrilha de Minas Gerais (MG).

“Pegamos o compartilhamento de informações com as provas produzidas lá e fizemos a operação aqui referente à lavagem de dinheiro desse fornecedor de drogas”, explicou Glauber Mariano Ferreira.

Todos os alvos de hoje são moradores de Campo Grande e há um mandado cumprido em Jaraguari. O alvo principal, William, fornecia drogas e usava as empresas e contas dos amigos e da esposa para lavar dinheiro.

Foram apreendidos durante a ação computadores, celulares, veículos, armas e munições. Houve o sequestro de imóveis e dinheiro em contas bancárias. Tudo deve ser periciado e analisado pela PF.

Líder de quadrilha usava empresas de amigos na Capital para lavar dinheiro
Esquema ilustra como funcionava grupo criminoso (Arte: Receita Federal)

Apreensões - No Jardim Tijuca, a polícia apreendeu um Jeep Renegade, um Jeep Compass, uma caminhonete Hilux, um jet ski e um SW4, além de armas e munições que serão analisadas. Tudo pertence a Adalto, que é CAC (Caçador, Atirador e Colecionador). O homem foi conduzido à delegacia e também apontado como dono de uma oficina alvo de busca no bairro e da garagem Play Motors.

A esposa do empresário Evellyn Moura do Carmo também foi alvo da ação e é dona do salão de beleza Stilo Diva, onde foi feita busca nesta manhã.

Na casa de William, os policiais apreenderam uma motocicleta de alta cilindrada e um Citroën. Na garagem de Adalto, estava um Camaro registrado em nome de Marlon Glauber de Souza, também alvo da operação, que foi levado para a sede da Polícia Federal junto com um veículo de transporte de animais com a estampa "Família Ribeiro".

Operação - Segundo a apuração, o esquema utilizava mercadorias agrícolas para ocultar drogas e empresas ligadas aos investigados para receber os valores das negociações. As companhias, que não possuíam lastro fiscal compatível com as movimentações financeiras, operavam formalmente em setores como venda de veículos e oficinas mecânicas para mascarar a origem ilícita dos recursos.

Durante a ação desta quinta-feira, estão sendo cumpridos em Campo Grande quatro mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em residências e empresas, incluindo um haras. Também houve bloqueio de contas bancárias e sequestro de imóveis pertencentes a pessoas físicas e jurídicas relacionadas ao grupo criminoso.

A investigação teve início a partir de materiais apreendidos pela Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) de Minas Gerais, durante apuração sobre um grupo criminoso que atuava no comércio de armas e entorpecentes na região do Triângulo Mineiro. Após a identificação de que parte dos fornecedores estava sediada na capital sul-mato-grossense, a 1ª Vara Criminal de Uberaba (MG) autorizou o compartilhamento das provas com a Superintendência da PF no Estado, que prosseguiu com as investigações.

Outros alvos - Conforme apurou o Campo Grande News, na segunda fase da operação, foram alvos William Alves Ribeiro, Nadja Tybusch Ribeiro, Welder Alves Ribeiro, Rosany Larissa Aranda da Silva, Bruno Antonio Guido Benzi e os motoristas Welisson de Oliveira Lina, Wesley de Oliveira Lima e André Luiz Fabris da Silveira.

Os mandados de busca e apreensão são cumpridos nas empresas Aliança Transporte de Veículos, War Transportes, Play Motors, WR Martelinho Expressa Ltda., Conect Peças, Subprodutos Bovinos Ltda., Ateliê da Nana, Duas Nações Materiais para Construções, Lolya-Nyclothes Moda Feminina, Stilo Diva e Embaplast.

Já na primeira fase da operação foram alvos Marlon Glauber de Souza, Ana Graciliana Simões Araujo, Marco Afonso Nunes, Alair José da Silva Shon, Jonas Regis de Melo Costa, Junio Antonio dos Santos, Matheus Juliano do Nascimento, Reinaldo Humberto de Souza Júnior, Adriano Moreira Silva, Ailton Soares de Alencar Júnior, Adriano Evangelista da Silva, Alberto de Oliveira, Luiz Dias de Souza, Osvaldo Rateiro Júnior e Weverton Barbosa de Souza.

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