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Capital

“Viveu mil vidas em uma só”, diz irmã de motoentregador morto em acidente

João Vitor, de 27 anos, trabalhava no momento da colisão e deixa duas filhas

Por Geniffer Valeriano | 23/12/2025 08:49
“Viveu mil vidas em uma só”, diz irmã de motoentregador morto em acidente
João Vitor tinha 27 anos e trabalhava no momento em que acidente aconteceu (Foto: Arquivo Pessoal)

“Viveu mil vidas em uma só. Sempre buscou se encontrar”. A frase resume, segundo a irmã Nicoly Vitória Romero, a trajetória do motoentregador João Vitor Romero Genro, de 27 anos, que morreu em um acidente na Avenida Guaicurus. O jovem estava trabalhando quando atingiu a traseira de uma caminhonete e, ao cair no asfalto, foi atropelado por um caminhão.

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Motoentregador João Vitor Romero Genro, de 27 anos, faleceu após acidente na Avenida Guaicurus, em Campo Grande. O jovem colidiu com a traseira de uma caminhonete e, ao cair, foi atropelado por um caminhão. Ele estava trabalhando no momento do acidente. Pai de duas meninas, sendo uma de 3 anos e outra ainda por nascer, João era conhecido por seu carisma e versatilidade. Autodidata em idiomas, teve experiências profissionais diversas e planejava empreender. Trabalhava como entregador desde o final de 2024, persistindo na profissão mesmo após ter sua moto roubada no início do ano.

Ao Campo Grande News, a mãe, Adriana Rodrigues Romero, contou que o filho era marcado pelo carisma e pela empolgação com a vida. “Ele tinha preocupações, mas estava feliz construindo sua família e a casa deles”, relatou, emocionada.

A irmã descreve João como um sonhador, sem medo de tentar caminhos diferentes até se encontrar. “Ele aprendeu inglês sozinho e um pouco de alemão também. Foi estagiário no fórum ainda adolescente. Aos 18 anos, passou no concurso da Escola de Sargentos das Armas, mas não achou que era o caminho dele. Começou faculdade de medicina, depois de direito, e trancou as duas porque sentia que não era para ele”, contou.

Com vontade de empreender, João passou a estudar a área e planejava abrir o próprio negócio. Desde o fim de 2024, trabalhava como motoentregador. “Ele começou no final do ano passado. No começo deste ano, teve a moto roubada, mas financiou outra e não desistiu. Fazia pouco tempo que estava nesse emprego fixo; antes, trabalhava como freelancer”, relatou a irmã.

João era pai de duas meninas, uma de 3 anos e outra que ainda vai nascer, fruto do relacionamento atual. “Ele amava minha cunhada, os amigos e a família. Gostava de música eletrônica e já tinha pensado até em produzir”, lembrou Nicoly.

Na manhã desta terça-feira (23), a família ainda resolvia as tratativas para o velório. Segundo a irmã, o corpo será velado e cremado.

Colisão e atropelamento — O acidente aconteceu na noite de segunda-feira (22), na Avenida Guaicurus, próximo ao Museu José Antônio Pereira. Conforme o registro policial, João trafegava entre uma caminhonete Ford Ranger e um caminhão-tanque quando atingiu a traseira do veículo à frente.

Com o impacto, ele caiu ao solo e, em seguida, foi atingido pelo caminhão que vinha logo atrás. João Vitor sofreu ferimentos graves, incluindo fratura exposta na região da bacia e hemorragia.

Equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) prestaram socorro no local. O motociclista foi encaminhado à Santa Casa, recebeu atendimento de emergência, mas não resistiu.

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