Dólar cai para R$ 5,27, menor valor em quase um ano e meio
Valor foi impulsionado pelo possível fim do "shutdown" nos EUA
O dólar caiu 0,62% nesta terça-feira (11) e fechou a R$ 5,272, o menor valor registrado em quase um ano e meio. Esse desempenho da moeda americana foi impulsionado principalmente pela expectativa de fim da paralisação do governo dos Estados Unidos, conhecida como "shutdown". O último valor similar ao registrado foi em 6 de junho de 2024, quando a moeda fechou a R$ 5,254.
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O dólar registrou queda de 0,62% nesta terça-feira (11), fechando a R$ 5,272, menor valor em quase um ano e meio. A desvalorização da moeda americana foi impulsionada pela expectativa do fim do "shutdown" nos Estados Unidos, após aprovação de projeto de lei pelo Senado americano. A bolsa brasileira também apresentou desempenho positivo, com o Ibovespa subindo 1,64% e atingindo 157.817 pontos. O movimento foi favorecido pela perspectiva de queda na taxa de juros e pela divulgação da ata do Copom, além do cenário internacional mais favorável aos mercados emergentes.
A bolsa brasileira também registrou uma alta significativa, com o Ibovespa subindo 1,64% e alcançando 157.817 pontos, o que pode levar ao 12º dia consecutivo de recordes históricos. No melhor momento do pregão, o índice chegou a atingir 158.467 pontos. Esse movimento foi impulsionado por fatores como a expectativa de uma possível queda da taxa de juros, com a divulgação da ata do Copom e dados do IPCA ajudando a aumentar a confiança dos investidores.
O bom desempenho do mercado brasileiro reflete a disposição dos investidores globais por ativos mais arriscados, um fenômeno conhecido como "apetite por risco". Esse movimento começou na noite de segunda-feira (10), após o Senado dos Estados Unidos aprovar um projeto de lei para reestabelecer o financiamento das agências federais, dando início à normalização da situação política e econômica nos EUA. A paralisação, que começou em 1º de outubro, havia afetado a divulgação de dados econômicos essenciais para o banco central dos EUA, como inflação e desemprego.
Com a perspectiva de fim do "shutdown", o mercado aguarda que o Federal Reserve (Fed) retome sua política monetária de cortes de juros em 2025, o que tende a beneficiar os mercados emergentes, incluindo o Brasil. A normalização das condições fiscais nos EUA deve reduzir a incerteza e aumentar a confiança nos mercados globais, favorecendo economias que, como a brasileira, se beneficiam de uma taxa de juros mais alta em comparação à dos Estados Unidos.
Além disso, a queda do dólar também reflete a movimentação global do mercado de moedas. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra outras divisas fortes, caiu 0,2% para 99,39 pontos. A expectativa de uma possível redução dos juros nos EUA, enquanto a taxa Selic no Brasil permanece alta, favorece a estratégia de "carry trade", onde investidores aproveitam a diferença de juros entre os dois países, fazendo o Brasil um destino atrativo para investimentos. (Com informações do Jornal O Valor)


