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Exame confirma DNA de Jorginho em fezes de onça que atacou caseiro no Pantanal

O resultado está sendo à autoridade policial e reforça que o homem foi morto durante um ataque do animal

Por Bruna Marques | 04/07/2025 12:00
Exame confirma DNA de Jorginho em fezes de onça que atacou caseiro no Pantanal
Mostrando os dentes, onça-pintada dá sinal que não gostou da presença do fotógrafo perto do recinto (Foto: Saul Scharmm)

A Polícia Científica confirmou que os fragmentos de DNA humano encontrados nas fezes de uma onça-pintada capturada no Pantanal pertencem a Jorge Ávalo, de 60 anos, conhecido como “Jorginho”. O resultado está sendo encaminhado à autoridade policial responsável pelo caso e reforça a conclusão de que o caseiro foi morto durante um ataque do animal.

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Exames de DNA confirmam que fezes de onça-pintada continham restos mortais de caseiro desaparecido no Pantanal. Jorge Ávalo, de 60 anos, desapareceu em 21 de abril enquanto trabalhava em um rancho na região. Um guia de pesca encontrou vestígios de sangue e pegadas de animal de grande porte no local. A onça-pintada, um macho de aproximadamente nove anos, foi capturada dias depois. Exames revelaram fragmentos de ossos e cabelos humanos em suas fezes. A Polícia Científica confirmou que o DNA encontrado pertencia a Ávalo. O laudo necroscópico apontou ferimentos compatíveis com ataque de felino, incluindo lesões defensivas nos braços da vítima. A onça foi transferida para um centro de reabilitação em São Paulo e seu destino final ainda está sendo avaliado.

Jorginho desapareceu nas primeiras horas da segunda-feira, 21 de abril, quando trabalhava em um rancho na região. Um guia de pesca local foi até o local para comprar mel, como costumava fazer, e estranhou a ausência do caseiro. Ele acabou encontrando vestígios de sangue e pegadas de um animal de grande porte. As imagens foram enviadas à PMA (Polícia Militar Ambiental) e circularam pelas redes sociais.

Apesar de a propriedade contar com sistema de monitoramento, as câmeras estavam fora de funcionamento no momento do ataque. As buscas levaram à captura de um macho de onça-pintada, de aproximadamente nove anos, em 24 de abril. O animal passou por uma bateria de exames, que identificaram fragmentos de ossos e fios de cabelo humanos nas fezes. O material foi submetido à perícia, e o exame comparativo confirmou a identidade da vítima.

Exame confirma DNA de Jorginho em fezes de onça que atacou caseiro no Pantanal
Jorginho era caseiro do pesqueiro situado no Pantanal (Foto: Direto das Ruas)

Além do exame genético, o laudo necroscópico, divulgado em 12 de maio pelo delegado Luís Fernando Mesquita, apontou que Jorge Ávalo sofreu ferimentos perfuro-contundentes na cabeça e na coluna cervical, provocando um choque neurogênico agudo, quadro compatível com ataque de grande felino. A perícia também identificou lesões defensivas nos braços, indicando que ele tentou se proteger.

Após ser capturada, a onça foi levada para um centro de reabilitação em Campo Grande e, em seguida, transferida para o Instituto Ampara Animal, em São Paulo. Lá, recebeu o nome de Irapuã, que significa “agilidade e força” em tupi-guarani. O destino definitivo do felino ainda está sob análise das autoridades ambientais.

Exame confirma DNA de Jorginho em fezes de onça que atacou caseiro no Pantanal
Onça em tratamento em Campo Grande, antes de transferência (Foto: Saul Schramm)

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