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Economia

Dólar sobe para R$ 5,40 após feriado e pressiona bolsa brasileira

Alta da moeda reflete fatores internos e externos e derruba o Ibovespa para 154.770 pontos

Por Gustavo Bonotto | 21/11/2025 19:10
Dólar sobe para R$ 5,40 após feriado e pressiona bolsa brasileira
Cédula do dólar, moeda norte-americana. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar subiu nesta sexta-feira (21), após o feriado da Consciência Negra, e alcançou R$ 5,40 porque investidores reagiram à retirada de tarifas dos Estados Unidos e a novos dados de emprego. A moeda avançou 1,18% no mercado brasileiro e influenciou queda de 0,39% no Ibovespa, que fechou a sessão aos 154.770 pontos. A oscilação ocorreu em meio ao ajuste natural de preços após o feriado e à leitura de informações que afetaram o apetite por risco.

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O dólar registrou alta de 1,18% nesta sexta-feira (21), atingindo R$ 5,40, após o feriado da Consciência Negra. A valorização ocorreu em resposta à retirada de tarifas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros e novos dados de emprego. O movimento pressionou o Ibovespa, que recuou 0,39%, fechando aos 154.770 pontos. A decisão americana de remover a tarifa de 40% beneficiou diversos produtos brasileiros, incluindo carne bovina, café e açaí. Contudo, setores como máquinas, móveis e calçados permanecem afetados pelas taxas. No cenário internacional, dados do payroll e sinalizações do Federal Reserve sobre possíveis cortes nas taxas de juros influenciaram os mercados globais.

A retirada da tarifa de 40% pelos EUA favoreceu produtos brasileiros e entrou no centro das análises. A decisão incluiu carne bovina, café, cacau, açaí e outros itens que voltaram ao patamar anterior ao tarifaço de Donald Trump. A mudança vale para cargas que chegaram ao território norte-americano desde 13 de novembro, data da reunião entre Mauro Vieira e Marco Rubio.

Representantes da indústria reconheceram o avanço, mas alertaram para os setores que continuam prejudicados. A CNI (Confederação Nacional da Indústria) afirmou que máquinas, móveis, couro, calçados, aviação e minerais ainda enfrentam custos elevados. A entidade destacou que dois terços das exportações brasileiras seguem sob impacto das taxas impostas pelos EUA.

No exterior, novos dados do payroll reforçaram dúvidas sobre os juros norte-americanos. O relatório registrou criação de 119 mil vagas em setembro e mostrou aumento da taxa de desemprego para 4,4%, acima da expectativa. Os números contrariaram projeções e levaram investidores a revisar apostas sobre a política monetária do Fed (Federal Reserve).

Dirigentes do Fed indicaram que há espaço para cortes de juros no curto prazo e retomaram previsões de redução em dezembro. John Williams afirmou que a política atual está restritiva e defendeu ajuste adicional. Stephen Miran reforçou apoio à nova queda, o que elevou a probabilidade de corte de 0,25 ponto percentual para quase 60%.

O cenário incluiu ainda resultados positivos da Nvidia e a divulgação dos índices de gerentes de compras da Europa e dos Estados Unidos. Na zona do euro, a atividade mostrou melhora no setor de serviços e recuo na indústria. Na Alemanha, a desaceleração veio acima do previsto e pressionou as projeções de crescimento.

As bolsas globais repercutiram os dados com movimentos distintos. Nos Estados Unidos, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam em alta moderada. Na Europa, Londres e Paris subiram, enquanto Frankfurt recuou diante das incertezas internacionais. Na Ásia, índices caíram com força e refletiram perdas de empresas de tecnologia.

A semana terminou com dólar acumulando alta de 1,97% e Ibovespa com baixa de 1,88%. No mês, o câmbio registra avanço de 0,32%, enquanto o índice da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) mantém ganho de 3,50%. No ano, a moeda norte-americana recua 12,60%, e a bolsa brasileira sobe 28,67%.

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